10 Filmes sobre a “Alegoria da Caverna” de Platão

A Alegoria da Caverna é uma das alegorias mais importantes da história da filosofia. Nela, há a história de dois homens que nascem dentro de uma caverna que, sempre de costas para a saída, acreditam que ali reside a realidade. As sombras projetadas pelos animais e folhas nas paredes da caverna – sombras estas muitas vezes manipuladas -, para os homens, eram a realidade.

No momento em que um dos homens sai da caverna e encontra o mundo como coisa em si, fica encantado ao se deparar com as coisas que antes eram apenas sombras. Ao retornar a caverna, é ridicularizado e desacreditado. Seus colegas não conseguem acreditar em um mundo fora do seu. Ao apresentar tal alegoria, Platão intenciona demonstrar que dentro da caverna, onde os homens se aprisionam, está o mundo material. Para ele, as coisas materiais não passam de sombras da realidade. Uma cadeira, material, está sujeita a deformação e destruição. Contudo, ao sair da caverna, o homem é capaz de enxergar a luz, o mundo das idéias. Lá, a ideia da cadeira é indestrutível. Com isso, para Platão, o mundo material não passa de uma mentira manipulada, e a verdade o mundo das ideias.

Assim, Platão divide o mundo em dois: o Mundo Sensível e o Inteligível. No mundo sensível, dentro da caverna, reside as sombras, as opiniões, as crenças, a ilusão, o mundo material, onde podemos tocar. Contudo, só podemos alcançar o bem através do Mundo Inteligível, o mundo das ideias, científico dialético. Então, o caminho da transcendência do homem está ligado à ideia do pensamento. Para sair do mundo material, o homem deve atingir através do pensamento o mundo das ideias.

Há de se criticar a teoria platônica, base das religiões ocidentais. Nela, o homem vive nas trevas, nas dúvidas, e através do pensamento (ou do sábio, padre, pastor, um deus, nas religiões) encontra-se a luz em um mundo metafísico. Em primeiro lugar há de se questionar se a verdade está de fato na luz, nas respostas dadas. O caminho da luz e das respostas parece, muitas vezes um retorno às cavernas, agora iluminadas, mas aprisionadoras por ideias prontas, criadas por outros.

A alegoria das cavernas acabou por se tornar um recurso narrativo recorrente na literatura e Cinema. Diversos são os filmes que se utilizam na alegoria de maneira mais literal ou até mesmo questionando-a. É o caso de Chinatown, por exemplo, onde quanto mais o detetive busca a luz, a verdade, mais ele se afunda nas dúvidas e na escuridão.

10 – O Show de Truman

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Direção: Peter Weir – País: EUA
Pacato vendedor de seguros (Jim Carrey) tem sua vida virada de cabeça para baixo quando descobre que é o astro, desde que nasceu, de um show de televisão dedicado a acompanhar todos os passos de sua existência.
9 – Metropolis

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Direção: Fritz Lang – País: Alemanha
O ano é 2026, a população mundial se divide em duas classes: a elite dominante e a classe operária; esta condenada desde a infância a habitar os subsolos, escravos das monstruosas máquinas que controlam a metrópolis. Quando o filho do criador de Metrópolis se apaixona por Maria, a líder dos operários, inicia-se a mais simbólica luta de classe já registrada pelo cinema.

8 – Ex_Machina: Instinto Artificial

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Direção: Alex Garland – País: Reino Unido
Em um refúgio nas montanhas de um talentoso bilionário da internet, um jovem participa de uma estranha experiência: testar a inteligência artificial, inserida no corpo de uma bela garota robô. Mas a experiência se torna uma sinistra batalha psicológica: um triângulo amoroso, onde a lealdade está dividida entre homem e máquina.

7 – Pacto Sinistro

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Direção: Alfred Hitchcock – País: EUA
Guy Haines, um tenista profissional, tem a oportunidade de conhecer Bruno Antony, um rico perdulário, em um trem. Tendo lido tudo sobre Guy, Bruno está sabendo que o jogador de tênis tem um casamento infeliz com Miriam e foi visto na companhia de Anne Morton, a filha de um senador. Inoportunamente, Bruno revela para Guy que sempre odiou seu pai. Guy escuta Bruno discursar sobre a teoria da “troca de assassinatos”. Supondo que Bruno matasse Miriam e Guy, em troca, assassinasse o pai de Bruno, não haveria conexão entre os assassinos e suas vítimas e no momento das mortes os interessados teriam álibis que os deixariam livres de qualquer suspeita. Ao chegar ao seu destino Guy se despede de Bruno, sem pensar mais na teoria homicida dele, que considerou uma piada. Mas Bruno em sua loucura entendeu que havia um pacto entre eles. Em pouco tempo Miriam é estrangulada e agora Bruno quer que Guy mate seu pai e cumpra sua parte no acordo.

6 – Labirinto de Fauno

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Direção: Guilhermo Del Toro País: Espanha, México e Espanha.
Oficialmente a Guerra Civil já terminou, mas um grupo de rebeldes ainda luta nas montanhas ao norte de Navarra. Ofelia (Ivana Baquero), de 10 anos, muda-se para a região com sua mãe, Carmen (Ariadna Gil). Lá as espera seu novo padrasto, um oficial fascista que luta para exterminar os guerrilheiros da localidade. Solitária, a menina logo descobre a amizade de Mercedes (Maribel Verdú), jovem cozinheira da casa, que serve de contato secreto dos rebeldes. Além disso, em seus passeios pelo jardim da imensa mansão em que moram, Ofelia descobre um labirinto que faz com que todo um mundo de fantasias se abra, trazendo consequências para todos à sua volta.

5 – Dente Canino

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Direção: Yorgos Lanthimos – País: Grécia
Dente Canino conta a história de uma família que tem três filhos e moram em uma casa isolada no subúrbio. Em volta dessa casa há uma cerca muito alta, que as crianças nunca passaram. Ou seja, os filhos do casal nunca tiveram nenhum contato com mundo exterior.
Quem cria, educa e ensina todo para as crianças são os pais, porém, excluindo toda e qualquer influência do mundo lá fora. A situação piora quando as crianças começam a fazer questionamentos que não fazem mais sentido no mundo em eles vivem.

4 – The Wolfpack

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Direção: Crystal Moselle – País: EUA
Trancados pelo pai em um apartamento em Manhattan por 14 anos, os sete filhos da família Angulo cresceram longe da escola e aprenderam tudo que sabem sobre o mundo com os filmes a que assistiam em casa. Para passar o tempo, os irmãos ensaiavam e re­encenavam as cenas de seus filmes favoritos. Tudo mudou quando Mukunda, um dos irmãos, desrespeitou as regras do pai e decidiu andar pela vizinhança. Agora todos querem juntos explorar Manhattan e o mundo lá fora.

3 – A Mulher da Areia

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Direção: Hiroshi Teshigahara – País: Japão
Um entomologista amador resolve sair da cidade e passar o fim de semana numa área desértica do Japão, a fim de coletar insetos raros. Ele pernoita numa casa onde habita uma estranha mulher. Logo ele vai perceber que caiu em uma armadilha, a qual não existe saída.

2 – O Quarto de Jack

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Direção: Lenny AbrahamsonPaís: Irlanda, EUA.
Jack (Jacob Tremblay), um espirituoso menino de cinco anos, é cuidado por sua amada e devota Ma (Brie Larson). Como toda boa mãe, Ma se dedica em manter Jack feliz e seguro, cuidando dele com bondade e amor, e fazendo coisas típicas como brincar e contar histórias. Sua vida, entretanto, é tudo menos normal – eles estão presos – confinados em um espaço de 10 m² sem janelas, o qual Ma chamou eufemisticamente de “O Quarto de Jack”. Ma criou todo um universo para Jack dentro de O Quarto de Jack, e ela não parará por nada para garantir que, mesmo neste ambiente traiçoeiro, Jack seja capaz de viver uma vida completa e satisfatória. Mas, enquanto a curiosidade de Jack sobre a situação em que vivem cresce, e a resiliência de Ma alcança um ponto de ruptura, eles ensaiam um arriscado plano de escape, o que os leva a ficar face-a-face com o que pode ter se tornado a coisa mais assustadora: o mundo real.

1 – Chinatown

Imagem: Reprodução
Direção: Roman Polanski – País: EUA

Jack Nicholson é o detetive Jake Gittes, sobrevivendo no clima ensolarado e de moral obscura, na Califórnia do período anterior à guerra. Contratado por uma bela socialite (Faye Dunaway) para investigar o caso extraconjugal de seu marido, Gittes é colhido num furacão de situações dúbias e tradições mortais, desvendando uma teia de escândalos políticos e pessoais, que se chocam em uma única e inesquecível noite em… Chinatown.

Fonte: Philippe Torres (Cineplot).

Da Redação.

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