Bob Dylan em discurso do Nobel: canções têm de comover pessoas, não fazer sentido

Redação Recorte Lírico

ESTOCOLMO – O cantor e compositor Bob Dylan, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, disse nesta segunda-feira que, ao contrário da literatura, suas canções sempre foram feitas para serem cantadas, não lidas, e que elas precisam apenas comover as pessoas, não fazer sentido.
A decisão da academia sueca de dar o Nobel de Literatura do ano passado para Dylan, que “criou novas expressões poéticas dentro da grande tradição musical americana”, foi vista como um tapa na cara de escritores tradicionais de poesia e prosa.
Em sua carta para o Nobel, Dylan, notoriamente tímido com a mídia, disse: “Nossas canções são vivas na terra dos vivos. Mas as músicas são diferentes da literatura. Elas são feitas para serem cantadas, não lidas”.
“Se uma canção te comove, isso é tudo, é isso que importa. Não preciso saber o que uma canção significa. Tenho escrito todo tipo de coisas nas minhas canções. E não vou me preocupar com isso –o que tudo significa”, disse ele no discurso divulgado no site da academia.
Dylan, o primeiro cantor e compositor a vencer o Nobel, ficou em silêncio sobre o prêmio por semanas após ele ser anunciado e ele não compareceu à cerimônia de entrega do prêmio e ao banquete que a seguiu.
Os vencedores do Nobel precisam entregar uma carta seis meses após a entrega de premiação, que aconteceu no dia 10 de dezembro, para que recebam o prêmio de 8 milhões de coroas suecas (900 mil dólares). O discurso não precisa necessariamente ser feito em Estocolmo.

(Reportagem de Anna Ringstrom)

Reuters

Da Redação.

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