American Vandal e a sátira a documentários de crimes

Cássio de Miranda

Estreou na última sexta-feira (15/9) “American Vandal”, série da Netflix produzida por Tony Yacenda (“Pillow Talking”) e Dan Perrault (“Honest Trailers”). Além do showrunner Dan Lagana (“Zach Stone Is Gonna Be Famous”). O seriado, com oito episódios de 30 minutos cada, acompanha a vida de Dylan Maxwell (Jimmy Tatro), um jovem desaforado, acusado de vandalizar 27 carros dos funcionários da escola com pichações de “pintos”.

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O vandalismo nos carros dos professores.
(Imagem: Netflix/Reprodução)

 

A narrativa é clara, na visão de quase a totalidade dos alunos e professores foi o Dylan quem pichou os pênis nos carros. Um misto de vingança a uma professora que é um desafeto e também pela fama nada agradável que o aluno adquiriu ao longo de sua jornada no ensino médio. Dylan já é de cara afastado do colégio, o que afetará diretamente o seu ingresso no ensino superior. No ócio do seu afastamento, o suposto vândalo encontra Peter Maldonado (Tyler Alvarez) e Sam Ecklund (Griffin Gluck), um dos poucos que desacreditam que o ato foi praticado pelo Maxwell, e resolvem fazer um documentário, o “American Vandal”.

 

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American Vandal é um pseudodocumentário sobre crimes americanos. (Imagem: Netflix/Reprodução)

 

Pois bem, é esse documentário, ou pseudodocumentário, que dá o que falar. Os produtores fazem parte do programa matinal da escola, ou seja, já se qualificam como potenciais suspeitos, pois só quem participa do tal programa tem acesso às câmeras de gravação, que foram apagadas durante o crime. Seriam potenciais suspeitos investigando o principal acusado… Cômico, não?

É essa comicidade, misturada com documentário investigativo da Discovery, que dá o ar da graça da série. A inexperiência jornalística dos jovens cineastas agrega e muito com o caráter amador do “documentário”, que obtém sucesso na trama, conduzindo a investigação de forma satisfatória. O Netflix acertou em cheio ao fazer uma produção voltada à sátira. Faltava esse material no streaming.

 

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O documentarista e Maxwell discutem o caso. (Imagem: Netflix/Reprodução)

 

Acabei por assistir a série por curiosidade e gostei bastante. Não é uma obra-prima das sátiras mundiais, mas traz o riso o tempo todo e o mais importante, nos faz refletir e muito sobre essas produções, sobretudo, americanas.

 

Assista a série neste link.
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