Revista Abismo promove um concurso de poesia sinGullar!

Charlene França

Em seu primeiro ano, a Revista Abismo lança concurso literário em homenagem ao poeta Ferreira Gullar, com prêmios em dinheiro para os primeiros colocados.

Atenção, poetas! Os apaixonados por esse gênero tão expressivo e contundente não podem ficar de fora! Estão abertas até o dia 31 de maio as inscrições para o Primeiro concurso Literário SinGULLAR. O tema é livre e o ineditismo não é obrigatório. Cada autor poderá concorrer com apenas um poema, escrito em língua portuguesa e com tamanho máximo de trinta linhas. Tenham atenção, pois o arquivo não deve apresentar o nome do autor, apenas o pseudônimo abaixo do título.

Além disso, o participante deverá fornecer um número de conta bancária para possível depósito da premiação em dinheiro! A premiação será realizada em setembro, mês em que o poeta Ferreira Gullar completaria 91 anos.

O primeiro colocado receberá como prêmio 250 reais e publicação do texto na edição de aniversário de um ano da Revista Abismo, em setembro. O segundo lugar receberá o prêmio de 150 reais e também a publicação do texto, e o autor que ficar em terceiro lugar será premiado com 100 reais e a obra publicada.

CRONOGRAMA:

Seleção e classificação dos poemas: Até 31 de julho de 2021

Divulgação do resultado: Até 15 de agosto de 2021

Contato – Para mais informações:
revistabismo@gmail.com

Acesse o regulamento em: https://www.facebook.com/RevistAbismo/posts/256262122891458

Revista Abismo promove um concurso de poesia sinGullar!
O poeta Ferreira Gullar (10/09/1930 – 04/12/2016)

Com a palavra, o homenageado:

Não há Vagas

O preço do feijão

não cabe no poema.

O preço do arroz

não cabe no poema.

Não cabem

no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão

O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.

Como não cabe no poema

o operário

que esmerila

seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras

— porque o poema,

senhores,

está fechado:

“não há vagas”

Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço

O poema, senhores,

não fede

nem cheira.

Para o concurso, ainda há vagas! e no poema, cabe o universo! Participe!


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