7 livros para ler em um dia – parte 2

Sara Muniz

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Dando continuidade à parte 1, hoje temos mais uma lista de 7 livros que você ler em um dia! Por isso, já aproveite para organizar as leituras dessa semana. Lembrando que essa série de posts é para ajudar leitores que querem dobrar a meta de leituras e ler um livro por dia da semana. O intuito é dar sugestões para quem já lê bastante e quer ler ainda mais esse ano, ou para aqueles leitores que estão de ressaca literária e não conseguem mais se prender em qualquer leitura. Segue a lista:

1. Iracema, de José de Alencar

Número de páginas: 82
Sinopse:
O romance conta o amor de um branco, Martim Soares Moreno, pela índia Iracema, a virgem dos lábios de mel. Entre guerras e conflitos, ciúmes e disputa de poder, a história desse amor proibido tem como pano de fundo a cultura indígena e a miscigenação do branco com o índio.

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Orpheus and the Bacchantes (detail), 1710 by Gregorio Lazzarini (1657-1730, Italy).

2. As Bacantes, de Eurípedes

Número de páginas: 112
Sinopse:
As Bacantes é a mais formal peça grega conhecida por nós; o coro é sua verdadeira alma e suas canções líricas são tão longas quanto magnificentes. Curiosamente, é nesta extrema formalidade e fidelidade à tradição arcaica que Eurípides encontrou sua máxima originalidade e sua perfeita liberdade.

3. Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto

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Número de páginas: 144
Sinopse:
Coletânea de poemas – O Rio (1953), Morte e Vida Severina (1954-55), Paisagens com Figuras (1955) e Uma Faca sem Lâmina (1955) – de João Cabral de Melo Neto publicados na década de 1950. Para Cabral, esta década foi crucial para a consolidação da linguagem que viria a refinar nos anos seguintes. No poema O Rio, Cabral trata do rio Capibaribe e de seu povo, só que, desta vez, sob uma ótica mais documental e narrativa. Já Morte e vida Severina, publicado pela primeira vez em 1956, é a obra mais popular e social do poeta. Retrata a fuga da seca de retirantes que seguem o curso do rio Capibaribe. Encenada dez anos depois de sua publicação, com música de Chico Buarque, recebeu diversos prêmios, como o do Festival de Nancy, na França. Em Paisagens com Figuras (1955), o poeta mescla, nos poemas, descrições das paisagens de Pernambuco e da Espanha. Por fim, em Uma Faca sem Lâmina (1955), obra densa e excepcional, Cabral remete a um tema que lhe é caro: a composição poética.

4. Álbum de Família, de Nelson Rodrigues

Número de páginas: 109
Sinopse:
Nelson Rodrigues desmistifica a imagem aparentemente normal de uma família. Enquanto um speaker (locutor) faz elogios à harmonia e à felicidade da família completamente falsos, seus componentes posam para retratos (“O speaker é uma espécie de Opinião Pública”, orienta Nelson na abertura do primeiro ato), num espaço de tempo que vai de 1900 até 1924. A peça mostra as obsessões incestuosas que corroem seu interior e resultam em diversos atos de violência e perversão sexual. “Álbum de família, a tragédia que se seguiu a Vestido de noiva, inicia meu ciclo do ´teatro desagradável´. Quando escrevi a última linha, percebi uma outra verdade. As peças se dividem em interessantes e vitais”, afirmou o dramaturgo. A peça foi fundamental, segundo o próprio Nelson para que ele se tornasse um “abominável autor”. Depois de sua encenação, conta, “por toda parte, só encontrava ex-admiradores”. A obra foi proibida durante vinte anos por “preconizar o incesto e incitar ao crime”, segundo a censura da época.

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Data da foto: 1943 Evangelina Guinle, conhecida como Lina Grey, Stella Perry e Maria Barreto Leite, em cena da peça “Vestido de Noiva”, com texto de Nelson Rodrigues, e direção de Ziembinski. 

5. Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues

Número de páginas: 95
Sinopse:
Pela mente de Alaíde, vítima de atropelamento, passam flashes de seu relacionamento com o marido, da disputa com a irmã, de seus desejos inconfessáveis, tudo de forma desencontrada, misturando realidade, lembrança e alucinação. Com direção de Ziembinski, a estréia de Vestido de Noiva, em 1943, marcou o início da nova fase do teatro nacional e consagrou Nelson Rodrigues.

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6. O Estranho Hábito de Dormir em Pé, de Paulo Sandrini

Número de páginas: 131
Sinopse:
Nos contos d’O estranho hábito de dormir em pé a crítica política e social é sempre apresentada por meio de uma alegoria poética desconcertante que nos aproxima dos mistérios da vida e, no entanto, só nos permite intuir, jamais compreender. Em todos os contos do livro há um clima de indagação filosófica e de aguda reflexão sobre a inutilidade do poder. Num mundo mecânico e opressivo, Paulo Sandrini representa a encarnação da anti-retórica e da dignidade.

7. Libertinagem & Estrela da Manhã, de Manuel Bandeira

Número de páginas: 64
Sinopse:
Nesta obra, a poesia de Manuel Bandeira, afastando-se de suas origens pós-simbolistas, alcança a maturidade definitivamente pessoal, através de um lirismo ao mesmo tempo moderno e profundo. Apresentação de Godofredo de Oliveira Neto.

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