Pequenos Espiões: Apocalipse: A Volta de Robert Rodriguez à Saga

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Robert Rodriguez é um nome que marcou a infância de muitos que cresceram nos anos 90 e 2000. Seus filmes, como “El Mariachi” e “Um Drink no Inferno”, eram presença constante na televisão. Mas, por causa de seu conteúdo violento, assistir a esses filmes muitas vezes envolvia trocar de canal para evitar cenas impróprias.

E então havia os adorados filmes da franquia Pequenos Espiões, que conquistaram a imaginação das crianças, apesar de seus efeitos visuais e CGI às vezes criticados. Agora, após quase duas décadas, Robert Rodriguez retorna à franquia com “Pequenos Espiões: Apocalipse”.

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A Trama de “Pequenos Espiões: Apocalipse”

Pequenos Espiões: Apocalipse: A Volta de Robert Rodriguez à Saga
Pequenos Espiões: Apocalipse: A Volta de Robert Rodriguez à Saga. (Imagem: Netflix/Reprodução)

Escrito em parceria com seu filho, Racer Max, “Pequenos Espiões: Apocalipse” segue a história do casal de espiões Nora Torrez e Terrence Tango, que trabalham para a icônica agência de espionagem OSS (Organização dos Super Espiões), sob a liderança de Devlin. Nora e Terrence dependem de uma chave digital versátil chamada Armageddon, capaz de abrir qualquer coisa no mundo.

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No entanto, eles são rigorosos na supervisão de seus filhos, Tony e Patty, especialmente quando se trata do uso de dispositivos eletrônicos. Mas Tony é um ávido jogador de videogame e sempre encontra maneiras de driblar as restrições para jogar Loskor, o jogo mais popular do desenvolvedor Rey ‘The King’ Kingston. Tony também tem o hábito de trapacear, pois acredita que o mundo é injusto. No entanto, sua busca por jogar o último lançamento de Rey, Hyskor, leva a eventos que ameaçam o mundo inteiro.

A Mensagem Subjacente dos Filmes “Pequenos Espiões”

Apesar de serem voltados para um público infantil, os filmes “Pequenos Espiões” têm uma premissa progressista: as crianças superam os adultos a cada passo do caminho. Talvez isso reflita a época em que Rodriguez concebeu a série, durante o boom da tecnologia da informação, quando os millennials estavam conquistando empregos bem remunerados logo após a formatura. No entanto, essa mensagem é inspiradora em qualquer época.

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Em “Pequenos Espiões: Apocalipse”, assim como nos filmes anteriores, os pais são incapacitados cedo, forçando as crianças a usar suas habilidades adquiridas com videogames para resolver problemas. Isso é especialmente relevante em uma época em que bilionários da tecnologia frequentemente desempenham o papel de vilões na vida real. O antagonista da história, The King, possui dinheiro e tecnologia para “curar” o mundo, mas opta por um caminho obscuro. Ele serve como um lembrete de que o uso responsável da tecnologia é fundamental, uma mensagem importante tanto para crianças quanto para adultos.

O Papel dos Videogames e da Realidade Virtual

“Rey” em “Pequenos Espiões: Apocalipse” é uma versão atualizada de “Toymaker” de “Pequenos Espiões 3”. Enquanto o último filme criticava os videogames como corruptores da mente das crianças, em 2023, videogames e realidade virtual se tornaram mais mainstream do que nunca. A rivalidade entre Patty, Tony e The King retrata uma visão mais equilibrada.

Rodriguez não defende uma adesão total à realidade virtual, mas destaca que os videogames e a realidade aumentada podem ser educativos e reformadores quando usados adequadamente. A mensagem é clara: não existem atalhos para o sucesso e para a autorreforma. A honestidade e o esforço são fundamentais para obter resultados satisfatórios e duradouros, uma lição valiosa para todas as idades.

Estilo Visual e Efeitos Especiais

Robert Rodriguez é conhecido por seu estilo visual distinto, que se estende aos seus filmes para crianças. Os filmes da série Pequenos Espiões, apesar das críticas aos efeitos visuais, têm uma estética única que lembra os videogames dos anos 2000. Rodriguez parece não se importar com as críticas, e “Pequenos Espiões: Apocalipse” faz uma afirmação ousada ao afirmar que os efeitos visuais atingiram seu auge na década de 2000. O diretor celebra a excentricidade em meio à busca pelo fotorrealismo. A ação, a coreografia, a trilha sonora e o ritmo do filme são impecáveis, proporcionando uma experiência divertida.

Atuações Notáveis

Quando se trata de atuações, “Pequenos Espiões: Apocalipse” enfrenta um desafio, já que os filmes anteriores contavam com elenco carismático, como Alexa Vega, Daryl Sabara, Antonio Banderas e Carla Gugino. Neste filme, Zachary Levi e Gina Rodriguez não conseguem se destacar, parecendo conscientes de que estão em um filme infantil. No entanto, Billy Magnussen se destaca com uma atuação mais envolvente, acreditando genuinamente no poder dos videogames. O filme depende principalmente do talento de Connor Esterson e Everly Carganilla, que interpretam os irmãos protagonistas com química e habilidade. Suas atuações são cativantes e engraçadas, tornando-se um dos pontos fortes do filme.

Conclusão

“Pequenos Espiões: Apocalipse” é uma volta bem-vinda à querida franquia de Robert Rodriguez, trazendo uma mensagem relevante sobre tecnologia e videogames. Embora não esteja nos cinemas como os filmes anteriores, está disponível na Netflix, oferecendo diversão para todas as idades. Esperamos que Rodriguez continue a moldar a imaginação de novas gerações com a saga Pequenos Espiões e que outros estúdios aprendam a valorizar a expressão do estilo visual único de diretores. Assistir ao filme é a melhor maneira de formar sua própria opinião sobre essa emocionante continuação.

Veja o trailer do filme Pequenos Espiões: Apocalipse:

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