Oppenheimer: Final Explicado |Robert Oppenheimer, um Espião Soviético?

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O filme “Oppenheimer” de Christopher Nolan, sem dúvida, cumpre suas expectativas, destacando-se como uma das melhores obras do diretor. Em sua filmografia repleta de obras-primas, essa produção não desaponta. O filme não se limita ao óbvio, concentrando-se mais nos dilemas, conflitos e arrependimentos do criador da primeira bomba atômica do que no próprio bombardeio.

A trama nos leva a entender as perspectivas dos personagens e como suas ações moldaram o mundo para sempre. Neste artigo, exploraremos a vida de Robert Oppenheimer, suas motivações e, afinal, se ele foi ou não um espião soviético.

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O Caminho de Oppenheimer para a Bomba Atômica

Oppenheimer: Final Explicado |Robert Oppenheimer, um Espião Soviético?
Oppenheimer: Final Explicado |Robert Oppenheimer, um Espião Soviético? (Imagem: Universal Pictures/Reprodução)

Robert Oppenheimer não teve uma jornada fácil até se tornar o pai da bomba atômica. Seu tempo em Christ College, Cambridge, foi frustrante, pois preferia o trabalho teórico em detrimento do laboratório. A sorte sorriu para ele quando Niels Bohr o aconselhou a se tornar discípulo de Max Born na Universidade de Göttingen. Lá, ele conheceu Isidor Rabi, que se tornaria seu amigo mais próximo. Após concluir seu doutorado, Oppenheimer queria retornar aos Estados Unidos para introduzir a mecânica quântica, uma área ausente no país até então.

Tudo mudou quando o presidente Roosevelt recebeu uma carta de Albert Einstein, alertando sobre o potencial uso militar do urânio por parte da Alemanha. Esse foi o ponto de partida para o Projeto Manhattan e a criação da bomba atômica. Oppenheimer liderou o projeto em Los Alamos, onde cientistas renomados se reuniram para tornar o impossível realidade.

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As Acusações Contra Oppenheimer

Lewis Strauss, sentindo-se difamado por Oppenheimer, tramou contra ele. Conseguiu que o FBI investigasse Oppenheimer, acusando-o de ser um espião soviético. Durante a audiência da Comissão de Energia Atômica, Oppenheimer foi questionado sobre seu relacionamento com Haakon Chevalier e Jean Tatlock, esta última uma comunista. A falta de denúncia desses encontros trouxe questionamentos à sua credibilidade.

Apesar das acusações, testemunhos de Leslie Groves, Isidor Rabi e sua esposa em defesa de Oppenheimer não forneceram evidências suficientes para provar as alegações. A comissão acabou declarando as acusações infundadas, mas não concedeu a Oppenheimer a autorização de segurança desejada.

A Rivalidade com Lewis Strauss

A antipatia entre Oppenheimer e Lewis Strauss era evidente. Strauss estava determinado a minar a credibilidade de Oppenheimer. A indicação de Oppenheimer para secretário de comércio foi combatida por um grupo de cientistas que testemunharam contra Strauss. Isso levou ao fracasso da nomeação, prejudicando seu ego.

O Final Trágico de Oppenheimer

O filme destaca o conflito interno e o arrependimento que Oppenheimer enfrentou. Ele foi aconselhado a não dar importância à audiência da Comissão de Energia Atômica, mas, mesmo assim, compareceu, enfrentando insultos e ridicularizações. Sua lealdade foi posta em dúvida, uma situação injusta para alguém com suas ideologias e posição.

O aplauso público após os bombardeios em Hiroshima e Nagasaki contrastou com a consciência pesada de Oppenheimer. Ele percebeu que poderia ter evitado a destruição, mas cedeu à curiosidade científica e às pressões políticas. O fardo do arrependimento o acompanhou pelo resto da vida.

Conclusão sobre o Filme

O filme “Oppenheimer” de Christopher Nolan oferece uma visão fascinante da vida de Robert Oppenheimer, o pai da bomba atômica. A trama explora os dilemas e conflitos internos que o afligiam, além das acusações de espionagem que enfrentou. Sua rivalidade com Lewis Strauss também desempenhou um papel importante em sua trajetória. O filme retrata Oppenheimer como um homem atormentado pelo arrependimento e pelas consequências devastadoras de suas ações.

Nessa jornada tumultuada, Oppenheimer lutou para encontrar redenção, mas suas escolhas mudaram para sempre o curso da história. Ele não foi um espião soviético, mas sua contribuição para a criação da bomba atômica o assombrou pelo resto de sua vida. Ainda hoje, ele é lembrado como um cientista brilhante e controverso, cujo legado é uma lembrança sombria do poder da ciência e da responsabilidade que acompanha grandes descobertas.

Em suma, “Oppenheimer” é um filme cativante que nos convida a refletir sobre a complexidade da natureza humana, o dilema moral das grandes descobertas científicas e o preço da redenção em meio a escolhas devastadoras.

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