50 livros fundamentais, de acordo com Lev Tolstói
A pedido de uma editora russa, Lev Tolstói listou em 1891, aos 63 anos, os livros que mais o influenciaram. O autor já havia publicado à época grande parte de suas obras primas: “Os Cossacos” (1863), “Guerra e Paz” (1865-1869), e “Anna Kariênina” (1875-1878) — livros que o fizeram conhecido como um dos escritores russos mais importantes de todos os tempos.
No total, Tolstói selecionou 50 livros, divididos de acordo com cinco períodos da vida, que contemplam faixas etárias da infância à velhice. Os títulos que o autor considera fundamentais são bastante diversos, estendendo-se além do campo literário. Apesar disso, clássicos da literatura mundial são uma representação de peso, com destaque para “As Mil e uma Noites”; “A Ilíada”, de Homero; e “Os Miseráveis”, de Victor Hugo.
A influência religiosa — que o autor explicita em seu livro “Confissão”, de 1882 —, e também a filosófica, não foi deixada de lado. Tolstói indica capítulos do livro de “Gênesis” e o “Evangelho de São Mateus”, da Bíblia Sagrada Cristã, e o livro doutrinal chinês “Analectos”, de Confúcio. Assim como também sublinha as grandes produções filosóficas: “O Banquete” e “Fédon”, de Platão.
Nascido em 1828, em uma propriedade rural da Rússia, Lev Tolstói ingressou na Universidade de Kazan, em 1845, para estudar Línguas Orientais. No entanto, ele abandonou os estudos. Em 1851, ingressou no exército russo, quando decidiu dar início à carreira de escritor. Nos anos seguintes publicou seus primeiros livros: “Infância” (1852), “Adolescência” (1854) e “Juventude” (1857).
Após o período de serviço militar, o autor retorna às terras de sua família, onde se casa em 1862. Publicando obras importantes, ele começa a receber reconhecimento, e é consagrado como um escritor de renome mundial. Contudo, em 1882, no auge de seu sucesso, Tolstói passa por crises existenciais, que culminam na publicação de “Confissão”, na qual admite a sua postura religiosa.
Mesmo assim, ele continua a se dedicar à literatura, e publica novas obras-primas, como “A Morte de Ivan Ilitch” (1886), “A Sonata a Kreutzer” (1891) e “Khadji-Murát” (1905).
As Mil e uma Noites
Poemas, de Aleksandr Púchkin
The Little Black Hen, de Antoni Pogorelski
José do Egito e a Jornada do Herói (Livro de Gênesis capítulo 37 ao 50)
Bylina, de Dobrynya Nikitich, Ilya Muromets e Alyosha Popovich
History of the Conquest of Mexico, William Hickling Prescott
O Capote, Nikolai Gógol
A Briga dos Dois Ivans, de Nikolai Gógol
Avenida Nevski, de Nikolai Gógol
Uma Viagem Sentimental, de Laurence Sterne
O Herói do Nosso Tempo, de Mikhail Lérmontov
The Hapless Anton, de Dmitry Grigorovich
Polinka Saks, de Aleksandr Druzhinin
Memórias de um Caçador, de Ivan Turguêniev
Almas Mortas, de Nikolai Gógol
Os Bandoleiros, de Friedrich Schiller
Eugênio Oneguin, de Aleksandr Púchkin
Júlia ou a Nova Heloísa, de Jean-Jacques Rousseau
O Sermão da Montanha, do Evangelho de São Mateus
As Confissões, de Jean-Jacques Rousseau
Emílio ou Da Educação, de Jean-Jacques Rousseau
Viy, de Nikolai Gógol
David Copperfield, de Charles Dickens
Poemas, de Fiódor Tiútchev
Poemas, de Mikhail Koltsov
A Ilíada, de Homero
A Odisseia, de Homero
Poemas, de Afanasy Fet
O Banquete, de Platão
Fédon, de Platão
Hermann e Doroteia, de Johann Wolfgang von Goethe
Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo
Os romances de Henry Wood
Os romances de George Eliot
Os romances de Anthony Trollope
A Ilíada (em grego), de Homero
A Odisseia (em grego), de Homero
Anábase, de Xenofonte
Os Miseráveis, de Victor Hugo
Discourse on Religious Subject, de Theodore Parker
Os Sermões, de Frederick William Robertson
O Livro de Gênesis, da Bíblia
Progress and Poverty, de Henry George
A Essência da Religião, Ludwig Feuerbach
A Bíblia
Pensamentos, de Blaise Pascal
Máximas, de Epiteto
Analectos, de Confúcio
Lalita-Vistara, Rajendralala Mitra
Tao Te Ching: O Livro do Caminho e da Virtude, de Lao Tzu
Por: Jéssica Chiareli, da Revista Bula.
Da Redação