Elegia – Quarta Poética

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À sombra do escuríssimo cipreste,

Próximo destas árvores chorosas,

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Descerram-se lembranças dolorosas

Do derradeiro beijo que me deste.

 

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Recordo-me de teu olhar celeste,

A então contemplar as lôbregas rosas,

Que estavam congeladas… mas brilhosas,

Pelo Inverno, — que de dor tudo veste. —

 

A face deplorando amargo pranto,

Sobre um gótico túmulo, falaste:

“Vê como de tais flores morre o encanto!

 

O Inverno da vida também — que amaste —

Faz das almas cessar o breve canto!”

E beijando-me, “adeus!” tu suspiraste…

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