[Quarta Poética] O fantasma da Ópera

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Nas profundezas duma ópera sombria
Morava um ser medonho, porém talentoso,
Que enlevava com seu almo canto harmonioso,
Em suas notas doces de melancolia;

Olhos doirados, face obscura e doentia,
Ele vagava no anoitecer silencioso,
Languidamente, envolto em manto tenebroso,
Disseminando sua pérfida magia.

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O malfadado só sonhava ser amado,
Afinal, nem seu pai nem sua mãe o amara,
E o seu coração triste tornou-se gelado!

Meu caro Erik, se o mundo não fosse tão vão,
Tu terias amor e uma alegria rara…
Mas preferem as máscaras ao coração!

 

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