O Monstro que Vive em Mim: Final Explicado | Hannah Matou a Criatura?
“O Monstro que Vive em Mim”, dirigido por Anna Zlokovic, é uma intrigante obra de terror psicológico que nos imerge na vida de Hannah, uma jovem que luta contra seus próprios demônios internos. O filme destaca-se ao explorar simbolismos profundos, proporcionando uma experiência singular em meio ao mar de filmes de terror contemporâneos sem sentido. Vamos desvendar os acontecimentos na vida de Hannah e a resolução dos conflitos que a afligiam.
Alerta de Spoilers!
O Mundo Interior de Hannah
Hannah estava afogando-se em seu estressante cotidiano e carregava o peso de traumas emocionais da infância. Ela tinha a sensação de ser invisível para seus pais, incapaz de expressar o peso das expectativas que sentia. Uma anomalia em sua marca de nascença e dores agudas em seu apêndice indicavam algo perturbador. Uma criatura grotesca emergiu de seu ventre, mas Hannah optou por ocultá-la em seu armário, acreditando que era uma alergia de pele temporária.
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Surpreendentemente, após o estranho encontro, Hannah encontrou inspiração e produziu um dos melhores vestidos de sua carreira. Seu chefe, Cristean, notou a mudança e elogiou seu trabalho pela primeira vez. Esther, sua amiga mais próxima e colega de trabalho, percebeu que algo estava errado com Hannah, enquanto Kaelin, seu namorado, também estava preocupado, embora Hannah não conseguisse compartilhar seus tormentos com ele.
Eventualmente, Hannah descobriu um grupo de apoio para pessoas que compartilhavam experiências semelhantes. Lá, ela aprendeu que não estava sozinha na síndrome do gêmeo desaparecido e que outros também tinham DNA duplo, como ela. Traumas passados, estresse, medo e ansiedade foram identificados como possíveis causas da transformação que ocorria em seu corpo. Sua angústia havia se manifestado fisicamente na forma daquela entidade maligna. A criatura, agindo como um parasita, usava uma técnica hipnótica para controlar suas vítimas. Hannah a manteve trancada em seu porão, sedando-a para evitar que controlasse sua mente.
As Intenções Ocultas de Claudia
Hannah conheceu Claudia no grupo de apoio, encontrando nela uma amiga que não a julgava, ao contrário de Esther e Kaelin, que suspeitavam de sua sanidade. A insegurança de Hannah cresceu, levando-a a crer que Esther e Kaelin mantinham um relacionamento às escondidas, uma ideia alimentada pela criatura. Claudia sugeriu que Hannah poderia usar a criatura para seu benefício, pois essa entidade possuía poderes psíquicos e habilidades de previsão. Segundo Claudia, a criatura a havia alertado sobre a infidelidade de seu parceiro, um presságio que se concretizou.
Movida pela curiosidade, Hannah permitiu que a criatura a hipnotizasse, revelando informações sobre o relacionamento de Kaelin e Esther. A criatura afirmou que, embora não estivessem tendo um caso naquele momento, ambos nutriam sentimentos profundos um pelo outro, que eventualmente seriam reconhecidos. Quando a situação fugiu ao controle, Hannah tentou sedar a criatura, mas a seringa estava vazia.
A entidade cresceu e escapou do porão. Ao perceber que estava sendo consumida pela criatura, Hannah chamou Claudia, que, para sua surpresa, não era quem aparentava ser. Claudia era a verdadeira apêndice, a parasita, que havia tomado o controle da vida de Hannah. Foi Claudia quem esvaziou a seringa, fortalecendo a criatura. Hannah agora estava vulnerável, vomitando uma substância negra, enquanto a criatura se alimentava dela.
A Salvação nas Mãos de Esther
Esther sempre esteve ao lado de Hannah nos momentos difíceis. Apesar das suspeitas infundadas de Hannah em relação a Esther e Kaelin, a verdade era que Esther era uma amiga fiel. Desconfiando que algo estava errado com Hannah, Esther foi até sua casa e descobriu que sua amiga estava aprisionada no porão. Determinada a resgatá-la, Esther arrombou a porta e conseguiu libertar Hannah. Essa revelação chocante deixou Esther perplexa, mas ela permaneceu ao lado de sua amiga.
Hannah e Esther foram em busca da criatura, que enfraquecia à medida que Hannah recuperava sua consciência. Percebendo que Hannah estava livre, a criatura escolheu Kaelin como sua próxima presa, já que eles planejavam se encontrar naquela noite. A verdadeira Hannah, no hospital, previu o perigo e, junto com Esther, correu para a casa de Kaelin para garantir sua segurança.
A Confrontação com a Criatura
No desfecho de “O Monstro que Vive em Mim”, Hannah descobriu que Claudia e sua criatura haviam chegado à casa de Kaelin. Determinada a proteger seu namorado, ela invadiu o apartamento por meio de um duto de ar. No entanto, a criatura de Claudia a atacou antes que ela pudesse abrir a porta para Esther. Esther, desesperada para ajudar suas amigas, conseguiu romper a porta e atacou Claudia com um objeto pontiagudo.
Aproveitando a oportunidade, Hannah injetou Claudia com anestesia e, em seguida, enfrentou a criatura no quarto de Kaelin. Com coragem, ela cortou a língua repugnante da criatura, que estava drenando a vida de Kaelin. Em vez de matar a apêndice, Hannah a encurralou no sótão de seu novo apartamento.
A Reconstrução de Hannah
O desfecho de “O Monstro que Vive em Mim” simboliza a jornada de Hannah rumo à autocompreensão e à resolução de suas inseguranças. Ela abandonou seu emprego tóxico e se abriu com seus pais sobre seus conflitos interiores, fortalecendo seus laços familiares. Ao lado de Esther, ela lançou sua própria marca de roupas, trilhando um caminho mais autêntico e recompensador. Hannah optou por não destruir sua apêndice, reconhecendo que as emoções negativas são parte da vida, mas ela aprendeu a controlá-las e impedir que dominem sua existência. Ela escolheu a felicidade e a realização, aproveitando cada momento precioso da vida.
Em resumo, “O Monstro que Vive em Mim” é um filme que vai além do terror convencional, explorando a psicologia humana por meio de simbolismos e metáforas. A história de Hannah é um testemunho da importância de enfrentar nossos medos e inseguranças para alcançar a paz interior. O filme nos deixa com uma mensagem inspiradora de autodescoberta e autenticidade, lembrando-nos de que podemos controlar nossos demônios internos e escolher a felicidade em nossas vidas.