Miguel vem pro Fight: Uma Jornada de Amadurecimento que Questiona a Influência da Violência na Mídia

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A presença da violência em filmes e programas é uma constante desde os primórdios da mídia audiovisual. O debate sobre se esses conteúdos podem influenciar comportamentos violentos na vida real é um tópico recorrente. “Miguel vem pro Fight”, dirigido por Oz Rodriguez e escrito por Jason Concepcion e Shea Serrano, mergulha nessa discussão enquanto traz uma cativante história de amadurecimento.

A trama acompanha Miguel, um aficionado por filmes de ação, que adora criar curtas inspirados em animes com seus amigos: David, Cass e Srini. Ao se ver envolvido em uma briga, Miguel decide não participar da confusão, o que lhe rende brincadeiras dos amigos por sua atitude não confrontacional. A mudança para Albany anunciada por sua mãe, Lydia, faz com que Miguel sinta a necessidade de provar seu valor antes da partida.

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Miguel vem pro Fight: Uma Jornada de Amadurecimento que Questiona a Influência da Violência na Mídia
Miguel vem pro Fight: Uma Jornada de Amadurecimento que Questiona a Influência da Violência na Mídia

O filme explora a complexa relação entre a violência fictícia e a realidade. Miguel, ao criar estratégias imaginárias de luta inspiradas em cenas de filmes, reflete sobre o motivo pelo qual as pessoas sentem o desejo de confrontar estranhos. A narrativa questiona como a sociedade associa a masculinidade e a amizade à agressividade, e como isso influencia ações cotidianas. O filme ressalta a diferença entre situações onde a violência é necessária, como a defesa contra abuso, e os conflitos que podem ser resolvidos de forma pacífica.

A presença da violência nos filmes é frequentemente vista como uma válvula de escape para o espectador, evitando que busque essa catarse na vida real. Através da jornada de Miguel, o filme destaca como o uso da violência na mídia pode oferecer uma forma de alívio, mas também aponta para a importância de discernir entre ficção e realidade.

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O destaque visual do filme é inegável. Com criatividade, a equipe de produção cria sequências de ação impactantes. Miguel visualiza suas estratégias de luta inspiradas em filmes como “Operação Dragão”, “Matrix”, “Kill Bill” e outros clássicos do gênero. A direção de Oz Rodriguez busca transportar os espectadores para a atmosfera dos anos escolares, conectando-se com as experiências e relações da juventude.

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O elenco entrega performances marcantes, com Tyler Dean Flores se destacando como Miguel. Ele transmite as inseguranças e a busca por aceitação de maneira convincente. A química entre Flores e Christian Vunipola, que interpreta David, é palpável, adicionando profundidade à narrativa de amizade.

Apesar de suas qualidades, “Miguel vem pro Fight” peca por sua velocidade narrativa em alguns momentos, deixando pouco espaço para o desenvolvimento de personagens secundários, como a mãe de Miguel, Lydia. No entanto, o filme oferece uma perspectiva rica da cultura latina, especificamente a porto-riquenha, e aborda temas relevantes para adolescentes de forma genuína, sem cair em estereótipos.

Em um cenário onde a influência da mídia na sociedade é debatida constantemente, “Miguel vem pro Fight” traz uma contribuição valiosa para essa conversa. Com seu enredo envolvente, performances marcantes e abordagem sensível à violência na mídia, o filme nos faz refletir sobre como a ficção pode moldar nossas percepções e ações na vida real.

Em resumo, “Miguel vem pro Fight” é muito mais do que uma história de amadurecimento. É uma exploração profunda das nuances da violência na mídia e sua relação com o comportamento humano. Ao mesmo tempo que diverte, o filme nos lembra da importância de distinguir entre o entretenimento fictício e as escolhas que fazemos na vida real. Continue nos acompanhando no Recorte Lírico para mais reviews e matérias sobre “Miguel vem pro Fight” e outros filmes, livros e séries.

Veja o trailer do filme Miguel vem pro Fight:

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