O Lado Bom de Ser Traída: Filme da Netflix é Previsível e Falta Química
Ao longo dos anos, o mundo do entretenimento tem visto o surgimento de uma série de filmes e livros que exploram relações tumultuadas e cheias de intrigas. Um exemplo notável disso é o filme ‘O Lado Bom de Ser Traída’, que segue a tradição de narrativas como ‘365 Dias’ e a série ‘After’. Estas histórias, embora muitas vezes criticadas por sua previsibilidade, conseguiram cativar uma audiência significativa.
Neste artigo, vamos explorar o que faz ‘O Lado Bom de Ser Traída’ funcionar, apesar de suas limitações, e por que a química entre os protagonistas é fundamental para o sucesso desse gênero.
O Poder da Química entre os Protagonistas
Uma das razões fundamentais para o sucesso de filmes como ‘365 Dias’ e ‘Crepúsculo’ é a química entre os protagonistas. A tensão palpável entre os personagens principais é o que mantém o público grudado na tela. A falta dessa química pode ser o beijo da morte para filmes desse gênero, e infelizmente, ‘O Lado Bom de Ser Traída’ não atende a essa expectativa. Giovanni Lancelloti (Babi) e Leandro Lima (Marco) são, sem dúvida, pessoas atraentes, mas sua falta de química prejudica a trama, que gira em torno do relacionamento turbulento entre os dois personagens.
RELACIONADO: O Lado Bom de Ser Traída: Um Fracasso Cinematográfico Da Netflix
Em histórias como essa, não é tanto a trama profunda que cativa o público, mas a capacidade dos atores de transmitir a tensão e a paixão entre os personagens. Os enredos são muitas vezes simplistas, mas é a atuação que faz a diferença. Infelizmente, ‘O Lado Bom de Ser Traída’ falha nesse aspecto crucial. A falta de química entre os protagonistas tira o brilho do filme e deixa a audiência desapontada.
O Papel da Química nos Filmes do Gênero
Para entender melhor a importância da química entre os protagonistas em filmes desse gênero, é instrutivo olhar para exemplos passados. ‘365 Dias’ e ‘Crepúsculo’ obtiveram sucesso em grande parte devido à tensão evidente entre os personagens principais. Isso se alinhava perfeitamente com a dinâmica de seus personagens e agradava ao público. A história pode até ser considerada fraca, mas a escolha de elenco proporciona a única evidência de que o público foi levado a sério.
Por outro lado, ‘Cinquenta Tons de Cinza’ sofreu críticas por suas atuações insatisfatórias, com Jamie Dornan e Dakota Johnson incapazes de transmitir a química necessária entre seus personagens. Isso enfraqueceu o filme e o afastou do sucesso de suas contrapartes literárias. Portanto, fica claro que a química entre os protagonistas é um elemento crítico para a aceitação de filmes desse gênero.
A Importância de uma Narrativa Coerente
Além da química entre os personagens, a narrativa de um filme desse tipo deve ser coesa e envolvente. Em ‘O Lado Bom de Ser Traída’, o enredo não oferece surpresas e é previsível desde o início. O filme segue a fórmula estabelecida por outros títulos do gênero, onde uma mulher encontra um homem misterioso e atraente disposto a fazer qualquer coisa por ela. Embora a previsibilidade faça parte do charme dessas histórias, a narrativa deve compensar isso de alguma forma.
O filme poderia ter explorado a jornada de crescimento e autodescoberta dos personagens, mas, em vez disso, focou-se na superfície da trama. O mistério e a intriga prometidos na sinopse não são entregues de forma satisfatória. O filme falha em desenvolver o relacionamento entre Babi e Marco de maneira convincente, deixando a audiência com uma sensação de vazio.
Personagens e Seus Papéis
Outro aspecto a considerar é a construção de personagens em filmes desse gênero. Em ‘O Lado Bom de Ser Traída’, o personagem de Marco Ladeia é apresentado de forma superficial. A expectativa era de que ele fosse retratado de forma mais complexa, talvez seguindo a tradição de personagens como Mr. Rochester de ‘Jane Eyre’. No entanto, a profundidade de seu personagem não é explorada, o que deixa uma lacuna na narrativa.
Além disso, a personagem de Patty, embora interessante, é subutilizada. Ela serve principalmente como um contraste à protagonista, Babi, em vez de ser uma personagem com desenvolvimento próprio. Patty merecia uma exploração mais profunda de sua história, mas isso teria alterado o tom do filme.
A Fantasia versus a Realidade
Muitas vezes, filmes desse gênero são criticados por retratar relacionamentos tóxicos e situações irreais. Em ‘O Lado Bom de Ser Traída’, a trama é um exagero de imaginação e não reflete o que a maioria das pessoas busca em um relacionamento saudável. Se os criadores tivessem mantido isso em mente, poderiam ter realçado o elemento de fantasia do filme.
A falta de clareza na evolução do relacionamento entre Babi e Marco é evidente. Não fica claro quando a atração se transforma em amor, e a promessa de comprometimento entre os personagens carece de fundamento. Comparativamente, ‘365 Dias’ conseguiu desenvolver melhor o relacionamento dos protagonistas, tornando-o mais convincente.
Conclusão
‘O Lado Bom de Ser Traída’ é um exemplo de filme que segue a tradição de histórias de relacionamentos tumultuados, mas que falha em alguns aspectos cruciais. A falta de química entre os protagonistas e a narrativa previsível prejudicam a experiência do espectador. No entanto, é importante destacar que, apesar de suas deficiências, o filme mantém o fascínio de muitos espectadores que são atraídos por esse tipo de história.
Para futuros filmes desse gênero, é fundamental aprender com os erros de ‘O Lado Bom de Ser Traída’. A química entre os protagonistas deve ser priorizada, e a narrativa deve oferecer mais profundidade e desenvolvimento aos personagens. Com uma abordagem mais cuidadosa e uma compreensão das expectativas do público, é possível criar histórias envolventes que cativem o espectador, mesmo que a previsibilidade faça parte do pacote. ‘O Lado Bom de Ser Traída’ não será o último filme desse tipo, mas esperamos que outros aprendam com seus erros e acertos.
Em última análise, apesar de suas falhas, ‘O Lado Bom de Ser Traída’ continua atraindo fãs que buscam uma dose de romance e intriga em suas vidas, e essa é a sua verdadeira força. O filme pode não ser perfeito, mas encontra seu lugar no gênero de ‘chick lit’, conquistando seu próprio público fiel.
2 thoughts on “O Lado Bom de Ser Traída: Filme da Netflix é Previsível e Falta Química”