Passado o último e incrível episódio de The Last Of Us, cuja história de Bill e Frank foram ressignificadas (leia análise do ep clicando aqui), estamos agora diante de Joel e Ellie tomando o seu próprio rumo. Pela primeira vez, em uma road trip.
Afora todos os medos de estar vivendo em um mundo totalmente novo, para a Ellie resta aproveitar cada segundo das novidades que o Joel tem proporcionado a ela. O livro de trocadilhos, uma fita antiga, a revista adulta, o mapa-guia e todas as histórias que ela consegue, com muito esforço, tirar do Joel, sobretudo de momentos pré-pandêmicos. É assim que ela descobre como ele conheceu a Tess, após se afiliar a um grupo dito terrorista, com o principal desejo de cuidar do seu irmão.
Inclusive é neste momento, no carro, que vemos Joel defender a inocência de Ellie, quando ela começa a folhear a revista de conteúdo adulto. Pouco mais tarde, Joel volta a se sensibilizar com uma Ellie como ela é, uma adolescente de 14 anos, que acabara de usar uma arma para atingir um inimigo.
Aqui vemos que nem tudo se perde, mesmo que o mundo esteja “acabado”. Vemos que Joel se mantem com suas relações morais intactas. É o Joel pai recriando-se num homem de 56 anos que já perdeu muita coisa na vida e sabe que a inocência de uma criança é das coisas mais preciosas que existe neste mundo.
Mas a vida em um mundo com duas décadas de pandemia não reserva coisas muito boas. Foi assim que eles foram surpreendidos em Kansas City por um grupo que certamente os roubaria. A inocência de Ellie aqui constrasta com a experiência de Joel. Aquele homem não precisava de ajuda, como ficou provado. Era uma emboscada!
É neste momento que Ellie salva a vida de Joel e ele entende que a menina é mais madura do que ele pensava. Que Ellie já vivenciou coisas que o Joel nem imaginava, como já ter atirado em uma pessoa, coisa que se repetiria. Joel está pela primeira vez aberto e disposto a abrir um relacionamento mais puro com Ellie, mesmo que não a considere “da família”.
A fuga da dupla é bem sucedida, afinal de contas eles passaram ilesos do grupo que tentava os capturar. Grupo esse associado aos emboscadores que tentavam atacar Joel e Ellie, prática que o próprio Joel já realizou anteriomente. É aqui e diante dessa imersão das relações de ambos que vemos a Ellie indagar se o Joel já matara alguém inocente. Logo ele que viu a inocência de muitos serem violadas a troco de nada, inclusive da sua filha Sarah.
Seguros e sonolentos, vemos o “casca grossa” Joel sorrir depois de muito tempo. Um instante singelo e raro de felicidade… O motivo? Um simples e despretencioso trocadilho. Seria a relação de interesses e promessas entre Joel e Ellie finalmente se tornando uma relação mais profunda, como uma amizade? Só o tempo e o roteiro dirá. Se é que já não nos disse!
Final do 4º episódio de The Last Of Us explicado:
Na conclusão do episódio, Joel é despertado abruptamente por Ellie em estado de pânico devido a uma invasão ao seu abrigo. Isso nos faz questionar quem são esses intrusos no final do episódio 4 de The Last of Us. Durante o episódio, os Hunters (o grupo que citamos acima) são apresentados em busca de dois homens chamados Henry e Sam, que são as mesmas pessoas aparecidas na cena final. Henry e Sam, interpretados por Lamar Johnson e Keivonn Woodard, respectivamente, são personagens conhecidos do jogo original, como Bill e Frank no episódio 3 de The Last of Us, que entram em contato com os Hunters.
Algo claro sobre o episódio 4 de The Last of Us é que a história de Henry e Sam foi alterada. Em The Last of Us, Henry e Sam são simplesmente parte de uma equipe de viajantes que chegam a Pittsburgh em busca de suprimentos. Quando o grupo é atacado pelos Hunters, apenas Henry e Sam sobrevivem. Entretanto, na versão do episódio 4 de The Last of Us, a história de Henry e Sam parece ser mudada e ligada diretamente aos Hunters e suas intenções, o que sem dúvida será explorado no próximo episódio.
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