A série The Last Of Us surpreende até os maiores fãs do jogo
Estreou ontem a série original da HBO Max The Last of Us, adaptação do célebre jogo de videogame produzido pela Sony Interactive Entertainment. The Last of Us, que já teve 40 milhões de cópias vendidas, teve boa recepção no primeiro episódio, dos jornalistas e do público, atingindo as notas de 99% e 96%, respectivamente, no Rotten Tomatoes, além de 9.9 no IMDB.
A série, com 9 episódios, conduz o espectador a seguir Joel (Pedro Pascal, o Oberyn Martell de “Game of thrones”) e Ellie (Bella Ramsey, a Lyanna Mormont da mesma série) em uma saga em busca de sobrevivência em um mundo pós-apocalptício, enquanto lidam com suas diferenças e perdas.
Embora o primeiro episódio tenha sido muito aguardado pelo fãs, vários frustaram-se com uma certa instabilidade no streaming, o que mostra que a HBO não aprendeu nada com o mesmo problema que teve na estreia de House Of The Dragon, ou talvez não esteja ainda à altura de lançamentos tão “hypados”, como é o caso de The Last of Us, talvez a série mais badalada pelo público desde Game Of Thrones (que pasmem, também teve problemas na plataforma, sobretudo na última temporada).
ESSE TEXTO PODE CONTER SPOILER DO JOGO OU DO 1º EPISÓDIO DA SÉRIE THE LAST OF US!
O primeiro episódio da série já entrega muito coisa, sem sombra de dúvidas. E o mais legal disso tudo é que a história acompanha um enredo muito bem estruturado e fiel ao roteiro original do jogo. A introdução te leva mais uma vez a um lugar longíguo, já esquecido dos detalhes para quem jogou The Last of Us 1 há muito anos, por exemplo.
A história do prelúdio do corajoso e protetor Joel, antes mesmo de sua primeira grande perda, o que posteriormente abrirá caminhos importantes entre os protagonistas.
O roteiro é tão fiel à história orignal que em cenas como a que a Sarah presenteia Joel com um relógio, cada fala segue fielmente ao texto base, o que causa no espectador um certo senso de conforto e intimidade com a ambientação do que está posto em tela.
Por falar em ambientação, a série consegue ser bem original, como já é esperado da HBO com todo o seu investimento. O estopim apocalíptico que acontece na série é até melhor trabalhado, claro, devido ao tempo de roteiro e como essa narrativa pode se desenvolver. A cena com a vizinha dizimando a sua família gera a tensão necessária para provar ao espectador tudo o que está por vir.
A fotografia também está impecável, sobretudo nos cenários de Boston, quando se passa 20 anos do estopim da pandemia. Não é só das mudanças provocadas pela destruição que um apocalipse zumbi traz, mas as composições criadas entre personagens e a cidade é surpreendentemente impecável.
Impecável também as primeiras cenas de ação, destaque para quando Joel está com a Sarah no veículo, tentando escapar de Austin, Texas. Os ângulos incríveis de câmera trazendo essa sensação de um jogo em primeira pessoa é um requinte importante para quem jogou e agora vê essa adaptação promissora. Fora toda a linha narrativa que as cenas seguintes incluem, culminando na morte da Sarah, o que acaba por virar toda a história de Joel no jogo, e certamente na série.
The Last of Us está apenas começando, com o seu primeiro episódio, entretando já entrou muito para os seus espectadores. Entregou uma abertura impecável de roteiro, fotografia, ambientação e introdução dos principais personagens. Sem dúvida será um importante “point” para os próximos domingos para quem ama uma boa história, tenha jogado The Last of Us ou não.
Nos encontramos na próxima segunda-feira com a análise do segundo episódio. Até lá!
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