Após a experiência sonolenta que foi “The Requin”, eu comecei a questionar minha decisão de analisar filmes de tubarões. Uma palavra que vinha à mente para descrever aquele filme era “meh”, que mal expressa a apatia que senti em relação a ele. E se todos os filmes de tubarões fossem assim? E se eu não conseguisse mais distinguir entre eles? Como poderia fornecer comentários interessantes, engraçados ou valiosos?
No entanto, minha esperança foi renovada quando assisti ao trailer de “Tubarão: Mar de Sangue”. Este filme parecia seguir a fórmula clássica de filmes B, aqueles filmes menos conhecidos que costumavam ser o lado B em sessões duplas de cinema. Atualmente, a definição de filmes B é flexível e ambígua, abrangendo filmes independentes e filmes que se concentram mais em momentos do que na história, roteiro ou personagens. A maioria dos filmes de tubarão se encaixa nessa categoria, com exceção dos filmes da franquia “Jaws” e “Deep Blue Sea”.
Filmes de tubarão, invariavelmente, fazem parte desse gênero, com exceção dos filmes da franquia “Jaws” e “Deep Blue Sea”. Mesmo “Open Water”, o único filme de tubarão que assisti no cinema, começou como um filme B e ganhou reconhecimento posteriormente. Muitas críticas que li sobre os filmes que analisei até agora os criticaram por problemas de orçamento, mas é importante entender a proposta de um filme B. Eles são feitos mais para entretenimento descompromissado, embora alguns possam conter mensagens sutis ou não tão sutis. É com isso em mente que vou avaliar “Tubarão: Mar de Sangue” para determinar se ele oferece uma experiência divertida ou se merece críticas ruins.
Sinopse
O filme começa com os créditos iniciais, mostrando imagens subaquáticas do leito marinho e, em seguida, nos leva a uma festa na praia. Há bebida, dança, fogueira e diversão. Os personagens são típicos jovens festeiros e já estou ansioso para vê-los em apuros.
Uma das personagens, Nat (interpretada por Holly Earl), é enviada para buscar mais bebida, mas antes de sair, envia uma mensagem de voz para sua família. Enquanto faz isso, um homem em uma cadeira de rodas a observa e pede trocados em espanhol. Ela é gentil com ele, e ele lhe oferece um cigarro. Eles conversam em espanhol e inglês, mesmo sem falar o mesmo idioma. O homem faz um gesto que representa um grande tubarão branco e a adverte. No entanto, seus amigos chegam e afastam o homem. Como bônus, aprendemos as palavras para “tubarão” em espanhol, francês e vietnamita.
No dia seguinte, a festa na praia continua, enquanto o grupo lamenta que esta seja sua última semana de folga. Os rapazes veem dois jet skis sem vigilância e decidem roubá-los, apesar das advertências sobre tubarões. Nat, preocupada com as advertências, decide se juntar a eles. O grupo sai em direção ao mar em alta velocidade.
Greg (interpretado por Thomas Flynn) e Tyler (interpretado por Malachi Pullar-Latchman) têm a ideia de jogar “chicken” com os jet skis, uma decisão imprudente que leva a um acidente e os coloca na água. Agora, eles estão à deriva no mar, sem sinal de celular e com suas coisas na praia, arrastadas pela maré.
Enquanto estão à deriva, o relacionamento de Nat e Tom (interpretado por Jack Trueman) é testado quando ela descobre fotos comprometedoras de Tom e Milly (interpretada por Catherine Hannay) no celular de Milly. Nat fica furiosa, mas a situação piora quando Tom tenta recuperar o celular no mar e um tubarão aparece.
Os eventos se desenrolam, e o grupo se encontra à deriva, preso em uma situação cada vez mais desesperada no meio do oceano, com um tubarão branco gigante rondando. Suas vidas estão em perigo, e eles lutam para sobreviver.
Análise
Qualidade dos Tubarões: Fiquei surpreso com a qualidade dos animais em “Tubarão: Mar de Sangue”. Ele se assemelha a um grande tubarão branco real, e acredito que seja um dos melhores tubarões em CGI que já vi. Em algumas cenas, parece haver até um modelo físico do tubarão, o que adiciona realismo. O tubarão também apresenta ferimentos, o que é comum em tubarões que frequentemente se envolvem em confrontos com outras criaturas marítimas. Minha única crítica é que, em algumas cenas, o tubarão parece um pouco grande demais. No entanto, no geral, a qualidade dos tubarões em “Tubarão: Mar de Sangue” é impressionante.
Fotografia Subaquática: A fotografia subaquática do filme é eficaz em criar uma atmosfera tensa. As cenas na superfície da água são utilizadas com inteligência para construir a tensão. No entanto, o filme não explora muito o leito marinho ou a vida marinha, limitando-se a algumas cenas com cardumes de peixes. A escuridão da água desempenha bem o seu papel em criar um ambiente ameaçador, embora a escuridão talvez seja um pouco exagerada para as condições de iluminação da trama.
Suspense: “Tubarão: Mar de Sangue” faz um bom trabalho em criar tensão e suspense. Os momentos de ataque do tubarão são bem executados e mantêm o espectador à beira do assento. A morte de Tyler é particularmente impactante e surpreendente. No entanto, o filme revela cedo demais quem provavelmente sobreviverá, e os espectadores atentos já podem antecipar os acontecimentos com base nas dicas dadas pelo homem na cadeira de rodas.
Personagens e História: Os personagens em “Tubarão: Mar de Sangue” se encaixam em estereótipos comuns de filmes de terror, com o triângulo amoroso e a dinâmica do grupo de amigos em evidência. A atriz Holly Earl, que interpreta Nat, faz um bom trabalho em retratar o desespero e a determinação de sua personagem enquanto tenta sobreviver. Os demais membros do elenco também desempenham seus papéis de forma convincente. A relação de Nat e Tom é o foco principal da narrativa, e o filme explora como os desafios extremos afetam seu relacionamento.
Direção: A direção de “Tubarão: Mar de Sangue” é competente em criar um ambiente claustrofóbico e intenso à medida que os personagens enfrentam uma situação cada vez mais perigosa. O uso de câmeras subaquáticas permite ao espectador ver o tubarão de perto e sentir o perigo iminente. O diretor também escolheu manter o filme em um ritmo acelerado, mantendo o público envolvido na história.
Conclusão
“Tubarão: Mar de Sangue” é um filme de tubarão que se encaixa na categoria de filmes B de entretenimento. Ele oferece uma experiência de suspense e horror para o público que aprecia esse tipo de filme. O tubarão é visualmente impressionante, a fotografia subaquática contribui para a atmosfera tensa e as cenas de ataque do tubarão são bem executadas.
No entanto, o filme não busca oferecer profundidade de personagens ou uma narrativa complexa. Se você é fã de filmes de tubarão e procura uma experiência de suspense e terror, “Tubarão: Mar de Sangue” pode ser uma escolha divertida. No entanto, se você está em busca de um filme de alta qualidade com uma história mais elaborada, pode se decepcionar com este título.
“Tubarão: Mar de Sangue” é um filme que sabe qual é o seu público-alvo e cumpre sua proposta de entretenimento no gênero de filmes de tubarão. Se você gosta de se sentir à beira do assento com ataques de tubarões e tensão constante, este filme pode ser um deleite. Mas, como muitos filmes B, ele não é destinado a conquistar prêmios de cinema. Em última análise, sua diversão e suspense são seus maiores trunfos.
Com um tubarão realista, cenas de ataque emocionantes e uma atmosfera tensa, “Tubarão: Mar de Sangue” é uma adição digna à lista de filmes desse gênero que mantêm o público grudado na tela. Enquanto não se destaca pela profundidade dos personagens ou pela complexidade da história, oferece exatamente o que promete: um mergulho emocionante no mundo aterrorizante dos tubarões. Portanto, se você está disposto a embarcar em uma jornada repleta de adrenalina, prepare-se para a ação, suspense e, claro, muitos tubarões em “Tubarão: Mar de Sangue”.
Veja o trailer do filme Tubarão: Mar de Sangue:
1 comentário em “Tubarão: Mar de Sangue: Análise do Filme da Netflix | Um Olhar Profundo no Cinema de Tubarões”