Ahsoka: O Enigma Explicado do Olho de Sion no 2º Episódio

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Em apenas dois episódios, ‘Ahsoka’ já nos mergulhou em um mar de termos peculiares que só poderiam ter emergido de uma galáxia distante. Expressões como “Nightsisters de Dathomir” e “Caminho para Peridea” piscaram diante de nós, mas é “O Olho de Sion” que está roubando a cena. Morgan Elsbeth (Diana Lee Inosanto) menciona esse termo no Episódio 2, logo após abrir um orbe que contém um mapa para a localização suposta do Grande Almirante Thrawn (Lars Mikkelsen) para além das fronteiras da galáxia conhecida. Embora ela sugira que seja uma lenda, a cena final do episódio põe em tela o próprio Olho de Sion, revelando um anel maciço no espaço.

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Ao se aproximar do desfecho do episódio, avistamos uma estrutura gigantesca em forma de anel orbitando o planeta Seatos. É ali que o orbe reflete sua imagem, o ponto em que Morgan Elsbeth teve acesso ao mapa e suas projeções. Star Wars tem uma predileção por espaçonaves imensas, como os Destruidores Estelares e até mesmo a Estrela da Morte. Agora, esse anel colossal entra nessa lista: um anel de ancoragem do hiperespaço.

Ahsoka: O Enigma Explicado do Olho de Sion no 2º Episódio
Ahsoka: O Enigma Explicado do Olho de Sion no 2º Episódio. (Imagem: Disney/Reprodução)

A primeira vez que nos deparamos com um anel de ancoragem foi em ‘Ataque dos Clones’, quando acompanhamos a investigação de Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) sobre a criação de um exército de clones para a República. Para viajar pela galáxia em seu caça Jedi Delta-7, ele necessitava dessa tecnologia para atingir o hiperespaço. Naquela época, naves menores, como os caças estelares e interceptadores, possuíam seus próprios hiperpropulsores e só poderiam acessar o hiperespaço com um deles ou a bordo de naves maiores equipadas com essa tecnologia. O anel foi desenvolvido para ser um hiperpropulsor para esses tipos menores de naves. Esse recurso é revisitado de forma atualizada em ‘A Vingança dos Sith’ e na série animada ‘The Clone Wars’.

No entanto, o uso dos anéis de ancoragem foi diminuindo ao longo do tempo, pelo menos para as naves rebeldes. Luke Skywalker (Mark Hamill), por exemplo, salta para o hiperespaço com sua X-Wing diversas vezes em ‘O Império Contra-Ataca’ e ‘O Retorno de Jedi’. Isso ocorre ao viajar de Hoth para Dagobah, Cidade das Nuvens e outros destinos. Os Y-Wings e as cargueiras também têm hiperpropulsores próprios, como o Ghost de Hera Syndulla e o Millennium Falcon de Han Solo.

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No entanto, para o Império, essa tecnologia demorou um pouco mais. Em ‘Uma Nova Esperança’, o Millennium Falcon é perseguido por um suposto Caça TIE inimigo. Luke, inicialmente confuso, questiona a falta de um hiperpropulsor naquela nave tão pequena, e Han esclarece que ela deve estar próxima de um hangar maior. Na verdade, o Caça TIE está próximo de um dos hangares da Estrela da Morte – a cena em que Ben Kenobi pronuncia a famosa frase:

“Isso não é uma lua, é uma estação espacial.” Somente no final da guerra contra a Aliança Rebelde é que o Império começou a equipar algumas classes de caças estelares com hiperpropulsores, como visto no impressionante romance ‘Lost Stars’. Quando chegamos a ‘O Despertar da Força’, os Caças TIE já vêm equipados com hiperpropulsores, e essa tecnologia é evidente em ‘A Ascensão Skywalker’.

Agora, voltando ao enigma central, por que Morgan Elsbeth optaria por construir um anel de ancoragem tão colossal? A trama dos dois primeiros episódios de ‘Ahsoka’ é um reflexo da preparação de ambos os lados – a Luz e as Trevas – para o retorno de Thrawn. A própria Ahsoka Tano (Rosario Dawson) está em busca do Grande Almirante Imperial há algum tempo, com o intuito de localizar o Jedi desaparecido, Ezra Bridger (Eman Esfandi). O orbe encontrado por ela no planeta Arcana no Episódio 1 finalmente parece apontar a direção correta, mas o artefato é roubado por Shin Hati (Ivanna Sakhno) sob as ordens de Baylan Skoll (Ray Stevenson) e Morgan Elsbeth.

O que o mapa revela é que a localização de Thrawn está muito além das fronteiras da galáxia conhecida. Com uma nave estelar convencional, é impossível chegar lá. Portanto, Elsbeth está supervisionando a construção do gigantesco anel de ancoragem hiperespacial chamado “O Olho de Sion”. Até mesmo um hiperpropulsor menor é fixado à superestrutura. Dado seu passado como senhora da guerra do Império, Elsbeth teve participação na construção da Marinha Imperial, e isso justifica o envio desse hiperpropulsor para Corellia, quando Ahsoka e Hera investigam as conexões do estaleiro ligadas a Elsbeth.

Um anel de ancoragem de tal magnitude é a única solução para ela alcançar a localização de Thrawn, já que nenhum hiperpropulsor existente pode efetuar um salto tão grande. É importante compreender a escala da questão: quando Morgan Elsbeth manipula o mapa em Seatos, ele exibe a galáxia conhecida no centro, uma forma pequena do tamanho da palma da mão. Em seguida, aponta para a localização de Thrawn, que se encontra em uma área pelo menos dez vezes maior. Se viajar dentro da galáxia conhecida já requer hiperpropulsores, imagine saltar para a vastidão do desconhecido.

Diante disso, o que Ahsoka e os rebeldes planejam fazer? A resposta pode estar na invocação de uma criatura incomum: os purrgil. Essas imensas baleias espaciais são capazes de pular para o hiperespaço, e já tivemos um vislumbre de sua aparência quando Grogu as avista na terceira temporada de ‘The Mandalorian’. Provavelmente, foram os purrgil que levaram Thrawn e Ezra tão longe em primeiro lugar, e essa mesma criatura poderia ser a chave para o retorno deles.

A certeza reside na capacidade de Morgan Elsbeth de trazer Thrawn de volta, conforme sugerem os trailers que mostram o Grande Almirante caminhando na mesma sala adornada de ouro que vemos no final do Episódio 2. Agora, resta aguardar o momento em que o herdeiro do Império ressurgirá.

Veja o trailer da série Ahsoka:

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