Análise de As Marvels: O Carisma Cumulativo de Iman, Teyonah e Brie Torna o Filme Assistível

A Marvel Studios, gigante do cinema de super-heróis, está de volta com “As Marvels”, tentando estabilizar o barco após um início tumultuado da Fase Cinco. Em um cenário em que a tela pequena conquistou tanto elogios quanto críticas para a Marvel, “As Marvels”, dirigido por Nia DaCosta, faz uma entrada ambiciosa. Nesta análise, exploramos a complexidade narrativa, a dinâmica dos personagens e a experiência cinematográfica geral que este filme traz ao Universo Cinematográfico da Marvel (UCM).

Uma Busca Cósmica se Desenrola: A Trama

Análise de As Marvels: O Carisma Cumulativo de Iman, Teyonah e Brie Torna o Filme Assistível
Análise de As Marvels: O Carisma Cumulativo de Iman, Teyonah e Brie Torna o Filme Assistível. (Imagem: Marvels Studios/Reprodução)

A história começa com a busca de Supremor Dar-Benn por braceletes mágicos para salvar seu planeta moribundo, Hala. A narrativa dá uma guinada quando Kamala Khan (Iman Vellani), Carol Danvers (Brie Larson) e Monica Rambeau (Teyonah Parris) se veem enredadas devido a uma explosão de energia cósmica, forçando-as a trocar de lugar. As apostas são altas, já que Dar-Benn semeia o caos por todo o universo, e o trio deve superar conflitos pessoais e se unir para evitar consequências catastróficas.

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Malabarismo entre Exposição e Entretenimento

DaCosta, junto com as co-roteiristas Megan McDonnell e Elissa Karasik, enfrenta o desafio de fornecer exposição para colocar tanto personagens quanto a audiência a par dos acontecimentos. A narrativa oscila entre o drama de Kamala idolatrando Carol, o ressentimento de Monica em relação a Carol e a missão principal de salvar a galáxia. No entanto, o filme deixa de explorar as consequências emocionais de eventos significativos, confiando na promessa de futuras sequências para aprofundar o trauma dos personagens.

Dinâmicas e Conflitos: Acerto ou Erro

As dinâmicas entre Monica e Carol, carregadas de ressentimento e promessas não cumpridas, são resolvidas rapidamente sem uma exploração significativa. Além disso, a principal antagonista, Dar-Benn, não parece tão ameaçadora quanto suas ações sugerem. Apesar do potencial para um conflito envolvente e atrito, o trio central se alinha facilmente, e o filme perde oportunidades de explorar os aspectos mais sombrios de sua situação, deixando os espectadores desejando uma jornada emocional mais intensa.

O Banquete Visual de ‘As Marvels’ e Oportunidades Perdidas

Os elementos visuais do filme mostram momentos de brilhantismo, especialmente nas sequências de troca de corpos e na coreografia da primeira luta. No entanto, o potencial para uma exploração mais profunda do personagem de Dar-Benn, sugerido por elementos de horror corporal, permanece em grande parte inexplorado. A experiência visual e auditiva geral, embora competente, parece limitada, indicando possíveis intervenções do estúdio. A tendência da Marvel de jogar pelo seguro com visuais e narrativas pode prejudicar o potencial criativo de seus contadores de histórias.

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O Trio Triunfante: Iman, Teyonah e Brie

Análise de As Marvels: O Carisma Cumulativo de Iman, Teyonah e Brie Torna o Filme Assistível. (Imagem: Marvels Studios/Reprodução)

A maior força de “As Marvels” reside em seu trio titular. Iman Vellani, Teyonah Parris e Brie Larson injetam energia, humor, sarcasmo e charme em suas atuações, tornando até mesmo as cenas carregadas de exposição agradáveis. A energia contagiante de Iman complementa a incrível interpretação de Teyonah, e Brie Larson brilha, mostrando um lado mais acessível e agradável da Capitã Marvel. A química entre os três atores eleva a capacidade de assistir ao filme, proporcionando um ponto positivo em uma narrativa, de outra forma, mediana.

Abordagem Formulaica da Marvel: Apenas Bem ou Inovador?

“As Marvels” emerge como uma adição agressivamente bem-sucedida ao UCM. Navega entre não ser inovador e evitar as armadilhas de ser terrivelmente ruim. A existência do filme dentro do sempre expansivo panorama do UCM levanta questões sobre o orçamento de US$ 200 milhões, pois seu apelo visual não se destaca de produções menores da Marvel. A homogeneidade entre as ofertas cinematográficas e para a tela pequena levanta preocupações sobre o valor de uma experiência cinematográfica no universo Marvel.

Os Perigos de Jogar Pelo Seguro

A inclinação da Marvel Studios para uma abordagem formulaica e abrangente fica evidente em “As Marvels”. O filme, embora não seja um fracasso, deixa o público ponderando sobre o propósito de investir tempo e dinheiro em uma experiência cinematográfica que parece “apenas bem”. À medida que o UCM se aproxima de suas duas décadas, a associação da marca com segurança e apelo amplo levanta preocupações sobre a disposição do estúdio em permitir que os contadores de histórias tenham a liberdade de explorar narrativas únicas, sem as restrições das expectativas de mercado.

Em conclusão, “As Marvels” tem sucesso em proporcionar uma experiência assistível, impulsionada principalmente pelas performances carismáticas de Iman Vellani, Teyonah Parris e Brie Larson. No entanto, as deficiências narrativas do filme, as restrições visuais e a adesão a uma abordagem formulaica destacam a necessidade de a Marvel Studios reavaliar sua estratégia criativa. Enquanto o público aguarda futuros lançamentos da Marvel, a capacidade do estúdio de se libertar das amarras da previsibilidade e abraçar riscos narrativos determinará a longevidade e relevância do UCM em um cenário cinematográfico em constante evolução.

Veja o trailer do filme As Marvels:

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