A Revolução Feminina na MCU: Promessas não Cumpridas e o Caminho a Seguir

A expectativa era palpável em 2019 com o lançamento de “Capitã Marvel“. Onze anos após “Homem de Ferro” revolucionar os filmes interconectados, a Marvel estava pronta para levar uma heroína ao centro do palco. Contudo, o que deveria ter marcado uma nova era para protagonistas femininas no MCU acabou se perdendo pelo caminho. Onde foi que algo deu errado?

Demora Excessiva na Chegada de ‘Capitã Marvel

A Revolução Feminina na MCU: Promessas não Cumpridas e o Caminho a Seguir
A Revolução Feminina na MCU: Promessas não Cumpridas e o Caminho a Seguir. (Imagem: Marvel Studios/Reprodução)

Em 2014, Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, reconheceu que a expectativa dos fãs por personagens como Capitã Marvel e Pantera Negra superava todos os outros projetos do MCU. No entanto, a demora em trazer esses personagens para o foco principal levanta questões sobre prioridades.

A decisão de adiar “Capitã Marvel”, “Pantera Negra” e “Thor: Ragnarok” duas vezes para acomodar “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” é reveladora. A priorização de um terceiro filme do Homem-Aranha em live-action sobre o primeiro filme liderado por um protagonista negro ou feminino indica uma falta de compreensão da importância da diversidade. A complexidade da história de Carol Danvers, conforme mencionado pela roteirista Nicole Perlman, sugere uma falta de foco na incorporação de perspectivas femininas de forma eficiente no MCU.

O que Aconteceu com as Protagonistas Femininas Após ‘Capitã Marvel’?

O sucesso de “Capitã Marvel” deveria ter marcado uma virada, mas os desenvolvimentos subsequentes foram decepcionantes. A programação da Disney+ da Marvel destacou vozes diversas, mas o cenário cinematográfico permaneceu praticamente inalterado. Após “As Marvels”, o primeiro filme de equipe exclusivamente feminina, a ausência de heroínas levanta preocupações.

A pandemia de COVID-19 interrompeu os cinemas, forçando a Marvel a se adaptar. No entanto, a reorganização dos cronogramas de lançamento e a mudança para serviços de streaming não favoreceram projetos liderados por mulheres. “Viúva Negra”, apesar de ser a primeira experiência de streaming da MCU no Disney+, enfrentou desafios, e outros filmes como “Eternos” e “Thor: Amor e Trovão” apresentaram elencos coletivos em vez de protagonistas femininas únicas.

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Quando se Trata de Protagonistas Femininas, o Status Quo da MCU Ainda Precisa Mudar

Entre “Capitã Marvel” e “As Marvels”, apenas dois filmes tiveram protagonistas femininas. Olhando para os próximos blockbusters, a falta de heroínas persiste. Para cumprir a promessa de mudança, a Marvel precisa apoiar ativamente talentos minoritários, explorar o rico universo de super-heroínas dos quadrinhos e garantir que elas liderem filmes com a mesma frequência que lideram séries de televisão.

A influência da Marvel como uma das principais produtoras de entretenimento vem com responsabilidades. Mudar a narrativa não é mais suficiente; é hora de a MCU quebrar o status quo. Seguindo o modelo de Carol Danvers, a MCU deve incorporar “mais alto, mais longe, mais rápido, juntos” não apenas como um slogan, mas como uma realidade tangível, refletindo a diversidade e a inclusão que o público deseja. Somente assim a MCU poderá abraçar verdadeiramente uma nova era de filmes de super-heroínas e cumprir a promessa iniciada por “Capitã Marvel”.

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