Documentário Wham!: Uma Jornada Cativante pela Cultura Pop dos Anos 80

O documentário “Wham!” da Netflix oferece uma experiência nostálgica e envolvente para os fãs de música dos anos 80. Combinando uma explosão de cultura pop, músicas cativantes e uma amizade duradoura, o filme de Chris Smith nos transporta para a era do duo pop britânico Wham!, formado por George Michael e Andrew Ridgeley. Mesmo que você se lembre deles como “George Michael e aquele outro cara”, ou ainda saiba todas as letras de “Wham Rap!” mesmo após quatro décadas, esse documentário tem tudo o que você procura.

Uma Viagem pela Cultura Pop:

Documentário Wham!: Uma Jornada Cativante pela Cultura Pop dos Anos 80
Documentário Wham!: Uma Jornada Cativante pela Cultura Pop dos Anos 80. (Imagem: Netflix/Reprodução)

Dirigido pelo renomado documentarista Chris Smith, conhecido por “Fyre” e “Operation Varsity Blues”, o documentário “Wham!” nos leva de volta a uma era de excessos da cultura pop. É um verdadeiro deleite reviver esse período e cantar junto com os hits incrivelmente contagiantes. É quase inacreditável que o duo tenha estado ativo apenas de 1982 a 1986, mas nesse curto período eles alcançaram fama global com sucessos animados como “Young Guns” e “Club Tropicana”. A estética extravagante, o cabelo volumoso e a energia hedonista e brincalhona eram a marca registrada deles. George Michael e Andrew Ridgeley eram belos e sua música era efervescente, até mesmo suas primeiras canções com consciência social tinham um ritmo perfeito para as pistas de dança.

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A Profundidade da Amizade:

Por trás das aparências de galãs bronzeados, havia uma conexão profunda e fraternal entre George Michael e Andrew Ridgeley, enraizada em sua infância. O documentário revela a dinâmica de poder surpreendente entre eles. A mãe de Ridgeley manteve meticulosamente álbuns de recortes documentando a ascensão meteórica do Wham!, fornecendo uma substância valiosa para o filme. Além disso, temos acesso exclusivo a imagens e gravações inéditas dos arquivos pessoais de ambos os artistas. A morte prematura de George Michael em 2016, aos 53 anos, é um lembrete doloroso de sua ausência, enquanto Ridgeley tem levado uma vida mais tranquila, longe dos holofotes, nos últimos anos.

Ouvir as lembranças afetuosas de sua juventude, dos dias em que eram artistas lutando para alcançar o sucesso e as emoções e perigos do sucesso vertiginoso nos faz sentir como se estivéssemos bisbilhotando uma conversa entre dois velhos amigos que não se encontram há muito tempo. Se há alguma deficiência aqui, é que o filme simplesmente termina quando o Wham! chega ao fim; um letreiro breve nos lembra do sucesso subsequente de George Michael, mas nada é mencionado sobre a carreira de Ridgeley pós-Wham!.

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A Essência da Amizade:

O que realmente destaca o documentário “Wham!” de outros filmes musicais é a presença de calor, afeto e a ausência dos tipos de conflitos criativos e egoísmo que frequentemente tornam essas histórias clichês. George Michael e Andrew Ridgeley se conheceram na escola quando tinham 11 e 12 anos, respectivamente. O amor mútuo pela música rapidamente se tornou o alicerce da amizade deles. Ridgeley se refere a Michael pelo apelido carinhoso “Yog” ao longo do filme, o que adiciona uma doçura especial.

O interessante é que Ridgeley foi o dominante no início – mais confiante e estiloso, ele tinha a visão do que o Wham! se tornaria. Michael, embora talentoso desde jovem, era um pouco acima do peso e desajeitado. Apesar da imagem sedutora que ele projetava nos vídeos e shows do grupo, ele tinha dificuldade em se enxergar como um símbolo sexual.

Os Desafios Pessoais de George Michael:

Uma parte significativa desse desafio pessoal estava relacionada ao fato de que ele era um homem gay que cantava músicas sobre mulheres pelas quais ansiava, mulheres que o magoaram e mulheres que o usavam para aproveitar seus cartões de crédito em compras extravagantes. O documentário “Wham!” aborda de forma semelhante o tema explorado no recente documentário “Rock Hudson: All That Heaven Allowed”, que discute a necessidade que esses homens famosos sentiam de manter uma fachada de heterossexualidade em uma época em que se assumir teria destruído suas carreiras.

Um dos momentos mais emocionantes de “Wham!” ocorre quando Michael se assume gay para seu melhor amigo em Ibiza, no início dos anos 80, e Ridgeley mostra apenas amor e apoio. Conforme Michael revela seu talento vívido e prolífico como compositor, ele incorpora traços de sua verdadeira identidade em suas músicas. Um exemplo disso é a música “Nothing Looks the Same in the Light”, do álbum de estreia “Fantastic” lançado em 1983, que fala sobre seu primeiro encontro homossexual.

A Evolução da Parceria:

É nesse ponto que testemunhamos a mudança no equilíbrio de poder de maneiras fascinantes. A gravação da canção envolvente “Careless Whisper” ensina a Michael a necessidade de produzir a música do grupo para garantir que seja feita da maneira certa. Sua busca por controle e obsessão por sucesso nas paradas o inspiram a escrever e produzir o segundo álbum do Wham!, “Make It Big”. Coincidentemente, esse álbum foi gravado no estúdio de Miraval, a vinícola francesa que atualmente é motivo de disputa de divórcio entre Brad Pitt e Angelina Jolie. (A origem da música desse álbum que é considerada o maior sucesso deles, “Wake Me Up Before You Go-Go”, é uma história divertida.)

O documentário retrata Ridgeley como alguém totalmente à vontade em dar um passo atrás e permitir que os talentos de seu melhor amigo brilhem. No entanto, ele continua sendo um contribuidor confiante e crucial para a imagem do duo, especialmente quando Michael começa a enfrentar uma crise existencial: “Meu Deus, sou uma estrela enorme e sou gay”, diz Michael em voz off. O fato de que eles podiam contar um com o outro era essencial à medida que se tornavam extremamente populares em todo o mundo, apresentando-se como o primeiro grupo ocidental na China antes de conquistar os Estados Unidos em uma turnê em 1985.

Nessa época, Michael impressiona com sua voz soul em uma performance de “Don’t Let the Sun Go Down on Me” ao lado de seu ídolo, Elton John, no Live Aid. Sua ascensão é inegável, mas, como Ridgeley sabiamente coloca, “O Wham! nunca iria envelhecer”.

A Essência do Documentário “Wham!”:

Essa é a principal emoção transmitida pelo filme: a sensação de uma cápsula do tempo cheia de felicidade contagiante. Bebidas grátis, diversão e sol. Quem não gostaria de fazer parte disso? O documentário “Wham!” está disponível na Netflix e oferece uma jornada autêntica pela cultura pop dos anos 80, repleta de músicas marcantes e uma amizade verdadeira. Se você é um fã de longa data ou está apenas começando a descobrir o legado do Wham!, esse filme certamente irá entreter e emocionar. Aproveite essa experiência única e reviva a era do Wham!, onde a música era cativante e a amizade durava para sempre.

Veja o trailer de Wham!

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