Quando se trata de filmes de animação, a Disney é uma potência que atravessa gerações e emociona públicos de todas as idades. Os filmes animados da Disney estão inextricavelmente ligados a memórias da infância e continuam a encantar pessoas de todas as idades. No entanto, classificar essas obras-primas pode ser um desafio, uma vez que as emoções pessoais desempenham um papel fundamental em nossa apreciação de cada filme.

Neste artigo, exploraremos a história dos filmes de animação da Disney e avaliaremos criticamente alguns dos clássicos lançados até agora. Além disso, mergulharemos em histórias de bastidores que lançam luz sobre o sucesso ou o fracasso de cada filme. Se você é um fã da Disney ou alguém em busca de uma análise detalhada dessas animações, este artigo é para você.

A História Mágica dos Filmes de Animação da Disney

Para entender verdadeiramente o impacto e a importância dos filmes de animação da Disney, é crucial revisitar o passado e relembrar como essa jornada começou. Hoje, celebramos o 100º aniversário do início do Disney Brothers Cartoon Studio por Walt e Roy Disney. Desde então, a Disney produziu 61 clássicos de animação, cada um com sua própria magia e identidade única. Vamos explorar alguns deles.

61. O Galinho Chicken Little (2005)

Os anos 2000 marcaram uma fase interessante para o Walt Disney Animation Studios. Eles adotaram a animação gerada por computador, abandonando a tradicional animação desenhada à mão. “O Galinho Chicken Little” é um filme que não teve um grande impacto, não gerou uma grande base de fãs e é considerado um dos filmes menos atraentes da Disney. Originalmente concebido de forma diferente, a história evoluiu para uma comédia de ficção científica sobre uma invasão alienígena. Mark Dindal, diretor do brilhante “The Emperor’s New Groove”, pareceu deslocado nesse projeto, e a transição para a animação por computador foi desafiadora. O resultado foi um filme que é frequentemente considerado um dos menos atraentes visualmente da Disney.

60. O Cão e a Raposa (1981)

“O Cão e a Raposa” é um filme que, embora historicamente importante, não conseguiu cativar o público. Foi o último filme a ser trabalhado pelos lendários “Nove Velhos” de Walt Disney, antes de entregar as tarefas de animação a uma nova geração de artistas talentosos. No entanto, a tensão criativa entre as velhas e novas gerações de animadores deixou sua marca no filme, que é considerado tedioso e carente de interesse narrativo.

59. Nem que a Vaca Tussa (2004)

“Nem que a Vaca Tussa” quase marcou o fim da animação tradicional da Disney. Inicialmente concebido como um ambicioso faroeste sobrenatural, o filme se transformou em uma comédia musical com três vacas fêmeas. A história é fraca, a comédia inexistente, e os designs de personagens sem imaginação. Felizmente, a Disney continuou a produzir filmes de animação tradicional, e “Nem que a Vaca Tussa” ficou como uma lembrança de uma produção desastrosa.

58. Dinossauro (2000)

“Dinossauro” é um exemplo de um experimento ousado que falhou. O filme usou imagens de ação ao vivo nas quais os animadores sobrepujaram personagens hiper-realistas, criando um visual estranho e datado. Embora os primeiros dez minutos sejam espetaculares, o restante do filme parece absurdamente incoerente e desprovido de investimento emocional. O filme sofreu comparações com o especial da BBC “Caminhando com Dinossauros”, lançado pouco antes, e acabou parecendo desatualizado antes mesmo de seu lançamento.

57. Bolt (2008)

“Bolt” representa a Disney em sua forma mais inofensiva. O filme possui uma equipe talentosa, mas carece de inovação técnica e narrativa. Originalmente chamado “American Dog”, o filme passou por uma reformulação substancial depois que John Lasseter assumiu o controle da animação na Disney. Embora a versão final de “Bolt” seja profissional, sua falta de originalidade deixa a desejar, considerando o que poderia ter sido com “American Dog”.

56. Oliver e sua Turma (1988)

“Oliver e sua Turma” é muitas vezes apontado como o ponto de partida dos filmes “descolados” da DreamWorks Animation. O filme introduziu músicos pop e personalidades musicais em uma tentativa de ser relevante na cultura contemporânea. No entanto, a narrativa é desarticulada, os personagens mal desenvolvidos e o filme carece de uma identidade coesa.

55. O Caldeirão Mágico (1985)

“O Caldeirão Mágico” foi um filme que enfrentou uma produção tumultuada. Levou mais de dez anos para ser produzido, e durante esse tempo, passou por uma série de mudanças significativas. O filme incluiu as primeiras imagens geradas por computador da Disney, mas também foi o primeiro filme classificado como PG, devido à violência. “O Caldeirão Mágico” sofreu críticas negativas e não foi bem-sucedido nas bilheterias, marcando um período difícil para a Disney.

54. Alô, amigos (1942)

“Alô, amigos” foi o primeiro de uma série de “pacotes de filmes” produzidos pela Disney durante a Segunda Guerra Mundial. Esses filmes eram mais econômicos de produzir e mantiveram o estúdio funcionando durante o conflito. “Alô, amigos” foi inspirado na viagem de boa vontade de Walt Disney pela América do Sul e contou com imagens reais e animadas. Embora o filme seja mais fascinante do que adorável, ajudou a manter o estúdio em funcionamento durante tempos difíceis.

53. Você já foi à Bahia? (1944)

“Você já foi à Bahia?” foi a sequência de “Alô, amigos” e também fazia parte dos filmes produzidos durante a Segunda Guerra Mundial. O filme apresentou personagens como José Carioca e Panchito Pistoles, proporcionando uma visão animada da cultura sul-americana. No entanto, a mistura de animação e imagens reais não agradou a todos. O filme também apresentou segmentos enigmáticos e surrealistas, tornando-o um dos filmes mais peculiares da Disney.

52. A Família do Futuro (2007)

“A Família do Futuro” é um filme de transição na história da Disney, marcado por mudanças nos bastidores. Foi originalmente reestruturado após a aquisição da Pixar pela Disney e a entrada de John Lasseter como chefe de animação. O filme passou por extensas revisões, o que resultou em uma narrativa confusa e personagens pouco desenvolvidos. “A Família do Futuro” representa uma fase de transformação no estúdio, buscando uma direção mais convencional.

51. Make Mine Music (1946)

“Make Mine Music” faz parte da série de “pacotes de filmes” da Disney da era da Segunda Guerra Mundial. O filme inclui várias histórias curtas, algumas das quais se destacam por sua qualidade. No entanto, como outros filmes dessa série, “Make Mine Music” é uma coleção de ideias não refinadas, lançadas juntas sem uma conexão sólida. Alguns segmentos são lembrados por sua beleza e melodia, enquanto outros são facilmente esquecidos.

A jornada pelos filmes de animação da Disney nos leva a uma ampla gama de experiências. Alguns são lembrados com carinho, enquanto outros são esquecidos. O que é claro é que a Disney sempre buscou a inovação, e nem sempre o resultado foi bem-sucedido. No entanto, essa busca contínua por excelência é o que fez a Disney uma força duradoura na indústria da animação.

50. Como É Bom Se Divertir (1947)

Como É Bom Se Divertir foi uma tentativa nostálgica de recriar os antigos “pacotes de filmes” da Disney. Foi dividido em duas partes contrastantes. A primeira metade, “Bongo”, conta a história de um urso de circo melancólico que encontra a felicidade ao retornar à natureza selvagem. Já a segunda parte adapta o conto clássico Jack e o Pé de Feijão com Mickey Mouse no papel principal, narrada por Edgar Bergen. A estranha combinação entre uma fábula naturalista e uma história de fantasia reflete as diferentes ambições criativas dentro do estúdio na época.

49. Tempo de Melodia (1948)

Assim como Como É Bom Se Divertir, Hora da Melodia tentou ressuscitar o antigo formato de “pacotes de filmes” musicais da era de Walt Disney. Apresenta uma coleção eclética de seis curtas-metragens, incluindo a encantadora história de inverno “Once Upon a Wintertime” e a vigorosa lenda do velho oeste “Pecos Bill”. Hora da Melodia captura tanto a grandiosidade sinfônica de Fantasia quanto o folclore americano vibrante de Lenda do Vale Feliz. Embora irregular, é o melhor dos “pacotes de filmes” pós-guerra devido a seu alcance ambicioso. Mostra como a Disney ainda buscava inovar mesmo com orçamentos limitados.

48. Bernardo e Bianca (1977)

Bernardo e Bianca traz de volta o casal de ratos detetives Bernard e Bianca do longa original de 1977 em uma continuação modestamente encantadora. A premissa de animais minúsculos salvando humanos é charmosa, e as vozes de Bob Newhart e Eva Gabor são excelentes. Porém, a animação parece barata em comparação com filmes anteriores, e a narrativa sobre o sequestro de uma águia rara é fraca. Ainda assim, o filme foi pioneiro em usar computação gráfica e representou uma transição para um novo futuro digital na Disney.

47. Aristogatas (1970)

Aristogatas foi o último filme aprovado por Walt Disney antes de sua morte em 1966. Conta a história de uma família de gatos parisienses que herda uma fortuna, para desgosto do mordomo invejoso. Suas músicas swing animadas e o talento vocal de Phil Harris como o gato vagabundo Thomas O’Malley conquistaram fãs. Porém, a animação é decepcionantemente fraca em comparação com os clássicos da era de ouro da Disney. Isso reflete o declínio criativo do estúdio neste período conturbado após a morte de seu fundador.

46. Robin Hood (1973)

Robin Hood mostra a Disney ainda lutando para recapturar sua glória passada anos após a morte de Walt. Para economizar, reutilizou extensivamente animações de filmes mais antigos e bem sucedidos. Ainda assim, o designer Ken Anderson criou personagens cativantes, com Robin e Little John como raposas medievais. A narrativa fragmentada e episódica Falta um enredo central forte. No geral, Robin Hood é mais uma celebração nostálgica do legado da Disney do que uma aventura emocionante por direito próprio.

45. Pocahontas (1995)

Com sua bela animação lírica e cores vibrantes, Pocahontas parecia reviver o sucesso recente de A Bela e a Fera. Conta uma história de amor proibido entre Pocahontas e John Smith. Porém, a narrativa é muito pesada e inconsistente, alternando entre seriedade e comicidade. Após controvérsias sobre representação questionável dos nativos americanos, o filme foi considerado politicamente correto demais. Apesar de grande divulgação, teve bilheteria decepcionante. Pocahontas mostra os riscos de se apoiar demais na fórmula das princesas Disney.

44. Raya e o Último Dragão (2021)

Raya e o Último Dragão segue diversas fórmulas já consagradas pela Disney, desde sua premissa semelhante a Moana até o dragão cômico inspirado no Gênio de Aladdin. O fascinante mundo do sudeste asiático merecia maior exploração. Ainda assim, o longa-metragem é decente e divertido, se nunca tão emocionante ou hilário quanto as maiores obras do estúdio. Raya prova que a Disney agora conta com uma fórmula narrativa tão consolidada que se torna previsível.

43. Mundo Estranho (2022)

Com Mundo Estranho, a Disney tenta algo novo ao misturar ficção científica, aventura e mensagem ambiental, um território pouco explorado em suas animações. A narrativa é confusa às vezes, mas o filme merece crédito por seu visual inventivo e criaturas cativantes. Também traz representatividade com uma família diversa. Mundo Estranho mostra a Disney disposta a correr riscos criativos novamente, mesmo que nem todas as peças se encaixem perfeitamente. Sua ambição é admirável.

42. Atlantis – O Reino Perdido (2001)

Atlantis começou como uma aventura sombria, mas acabou muito diluída. A premissa de exploradores buscando a lendária Atlântida é charmosa e a trilha sonora de James Newton Howard é ótima. Porém, cortes orçamentários e interferência excessiva dos executivos prejudicaram o potencial do projeto. O visual no estilo história em quadrinhos é único para a Disney, mas não pôde impedir que Atlantis fosse ignorada pelo público. Seu fracasso mostrou a dificuldade de inovar narrativamente na Disney na época.

41. Fantasia 2000 (1999)

Fantasia 2000 tentou reviver o espírito inovador do clássico Fantasia, mas não alcançou o mesmo impacto. Sequências como “Rhapsody in Blue” e “The Firebird” se aproximam da grandiosidade do original. Porém, a qualidade geral é irregular, e a seleção de músicas parece aleatória por vezes. Após décadas de desenvolvimento conturbado, o projeto se tornou um final inglório para a visão criativa de Walt Disney. Fantasia 2000 prova que mesmo talentosos não podem replicar facilmente a magia de um mestre.

40. Planeta do Tesouro (2002)

Planeta do Tesouro finalmente realizou o sonho antigo dos diretores Ron Clements e John Musker de fazer “A Ilha do Tesouro no espaço”. O filme tem efeitos especiais impressionantes, como o braço robótico de John Silver. Porém, os protagonistas humanos são desinteressantes e o enredo parece obsoleto. Faltou a vivacidade narrativa e os personagens cativantes dos melhores trabalhos dos diretores. Planeta do Tesouro provou que nem sempre grandes talentos conseguem elevar qualquer história ao nível de suas obras-primas.

39. Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus (1990)

Ao contrário da maioria das sequências medíocres, Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus supera o original de 1977. Retoma os camundongos detetives Bernard e Bianca, dessa vez em uma aventura na Austrália para resgatar uma águia rara. Com apenas 74 minutos, é um dos filmes mais rápidos e emocionantes da Disney. Seus efeitos especiais impressionantes, como a perseguição de avião na abertura, eram inéditos para uma animação na época. Bernardo e Bianca na Terra dos Cangurus provou que a Disney ainda podia surpreender com histórias originais nos anos 1990.

38. A Espada Era a Lei (1963)

A Espada Era a Lei adapta a lenda arturiana do plebeu que se torna rei com muita criatividade. Suas sequências de transformação mágica e humor irreverente são extremamente divertidas. Porém, Walt Disney já havia perdido interesse em animação quando o projeto foi concluído. Isso fica aparente em certas passagens mais apressadas. Ainda assim, A Espada Era a Lei prova que os animadores da Disney eram talentosos o suficiente para superar até a apatia de seu líder.

37. Frozen (2013)

Frozen reviveu o sucesso dos musicais da era de ouro da Disney em grande estilo. Suas canções pop infecciosas, lideradas por “Let It Go”, conquistaram o público. A relação das irmãs Anna e Elsa também é comovente. Porém, a narrativa complicada fica confusa para o público infantil. E apesar da postura feminista, Anna ainda segue o papel passivo de princesas anteriores. O fenômeno Frozen mostra a habilidade da Disney de criar obras importantes mesmo quando não tudo funciona perfeitamente.

36. Hércules (1997)

Hércules se destaca por seu humor irreverente, trazendo uma abordagem de história em quadrinhos para a mitologia grega. O carisma de James Woods como Hades quase rouba o filme. Porém, a trilha sonora é irregular, indo do gospel ao pop sem uma identidade clara. A animação também perde em polimento para obras anteriores do estúdio. Hércules captura o espírito ousado da Disney nos anos 1990, para o bem e para o mal. Mostra como o estúdio ainda buscava seu caminho após o sucesso inicial do Renascimento.

35. Irmão Urso (2003)

Irmão Urso conta uma comovente história sobre preconceito e redenção por meio de animais no velho oeste. Suas belas imagens dos parques nacionais revelam o talento dos animadores veterranos. Porém, a lição de moral é simplória demais para adultos. E apesar de uma indicação ao Oscar, o longa foi esquecido rapidamente. As músicas religiosas caricatas de Phil Collins também soam datadas hoje em dia. Irmão Urso mostra os altos e baixos da Disney quando o estúdio procurava por novas histórias originais além das princesas.

34. Enrolados (2010)

Enrolados foi um marco técnico como o primeiro conto de fadas CGI da Disney. A animação dos longos cabelos dourados de Rapunzel ainda impressiona. Porém, a premissa não é tão ousada quanto em A Princesa e o Sapo, e o visual limpo carece da vivacidade dos clássicos 2D. Também faltou a experimentação narrativa que define as melhores obras da Disney. Ainda assim, Enrolados revitalizou os contos de fadas do estúdio após uma década em baixa.

33. Detona Ralph (2012)

Com seu humor pop e protagonista incomum, Detona Ralph foi uma reviravolta dos filmes de animação da Disney. Ao retratar o vilão de um videogame buscando reconhecimento, o enredo explora identidade e destino com inteligência. Detona Ralph permanece fiel ao legado da Disney ao mesmo tempo que satiriza ícones da cultura pop como os personagens de videogame. O filme prova que grandes histórias podem vir dos lugares mais inesperados.

32. Encanto (2021)

Encanto traz enorme representatividade como o primeiro filme da Disney situado na Colômbia. Sua narrativa não é revolucionária, focando na dinâmica de uma família e suas tradições mágicas. Porém, a animação vibrante e as músicas cativantes de Lin-Manuel Miranda dão vontade de ver um novo clássico surgir. Embora inove pouco, Encanto prova que a Disney domina o formato dos musicais animados melhor do que ninguém.

31. Alice no País das Maravilhas (1951)

A adaptação do clássico Alice no País das Maravilhas é repleta das extravagâncias visuais típicas da Disney. Porém, os animadores estavam desmotivados com o projeto, considerando a história nonsense de Lewis Carroll difícil demais de transpor. Como resultado, o filme parece artificialmente alegre, sem a ousadia narrativa ou ambiguidade tonal da obra original. Alice mostra que mesmo gênios como Walt Disney podem falhar ao tentar domar certo material rebelde.

30. Operação Big Hero (2014)

Operação Big Hero levou a Disney a territórios inexplorados ao combinar influências da Marvel com um elenco inteiramente original. Seu design colorido e high-tech criou um visual instantaneamente icônico. A relação do menino-prodígio Hiro com o robô inflável Baymax também é incrivelmente comovente. Operação Big Hero prova que não são necessárias fórmulas narrativas ou visuais para a Disney criar uma obra-prima. Bastam personagens e relações verdadeiramente humanas.

29. Tarzan (1999)

Tarzan expandiu os horizontes da animação da Disney ao retratar seu herói atlético atravessando exuberantes fundos 3D. Sua animação fluida de Tarzan “surfando” nas vinhas ainda impressiona. O longa equilibra emoções épicas e familiares com maestria. Porém, Tarzan foi injustamente esquecido tão rápido quanto o Renascimento Disney chegava ao fim. Seu pioneirismo técnico merece maior reconhecimento. Tarzan prova que a Disney sempre está em seu melhor quando mais ambiciosa.

28. Zootopia (2016)

Em Zootopia, a Disney fez uma sátira social perspicaz camuflada de comédia policial com animais. Seus personagens carismáticos e designs vibrantes se tornaram instantaneamente icônicos. Zootopia provou que a Disney ainda é capaz de entreter e provocar inteligentemente. O longa também refletiu com honestidade questões raciais que os EUA viviam na época, provando que a animação pode ser uma forma socialmente relevante.

27. Puff – O Ursinho Guloso (1977)

Puff – O Ursinho Guloso adapta os contos mais queridos do personagem, como “Winnie the Pooh and the Honey Tree” e “Winnie the Pooh and the Blustery Day”. Embora seja apenas uma compilação, técnicamente foi o último filme em que Walt Disney trabalhou pessoalmente antes de morrer. Portanto, Puff – O Ursinho Guloso captura o especial encanto nostálgico dos curtas originais do Ursinho Pooh. É a representação definitiva do mundo mágico do Hundred Acre Wood e seus habitantes.

26. Hércules (1997)

Hércules destoa do Renascimento Disney ao satirizar mitos gregos no estilo das histórias em quadrinhos. Seu ritmo acelerado e comédia irreverente eram novidade para a Disney. Mas as músicas são estranhamente desconexas, indo do gospel ao pop sem rumo. E apesar da brilhante atuação de James Woods como Hades, o próprio Hércules é um protagonista sem graça. Hércules captura o experimentalismo da Disney nos anos 1990, para o bem e para o mal.

25. WiFi Ralph: Quebrando a Internet (2018)

Na sequência do adorável Detona Ralph, WiFi Ralph: Quebrando a Internet leva os personagens à, bem, internet. O enredo caótico pode confundir, mas condiz com o frenesi da internet. A amizade de Ralph e Penélope ainda consegue emocionar no meio do narcisismo da cultura online

24. Encanto (2021)

Encanto é um marco de representatividade ao retratar a vibrante cultura colombiana. A narrativa sobre uma família mágica não é das mais originais, porém as canções cativantes de Lin-Manuel Miranda dão vontade de assistir ao surgimento de um novo clássico. Embora não revolucione, Encanto prova que a Disney ainda faz os melhores musicais animados.

23. Peter Pan (1953)

Peter Pan é um dos filmes mais icônicos do legado Disney, retratando temas complexos de amadurecimento e nostalgia com muito encanto. Seu mundo cheio de criaturas mágicas parece saído de um livro pop-up. Porém, algumas representações étnicas são muito questionáveis pela lente moderna. Ainda assim, Peter Pan captura a essência da magia Disney.

22. Frozen (2013)

Frozen foi um sucesso arrasador, impulsionado por personagens cativantes e canções pop pegajosas como “Let It Go”. Parece um retorno aos musicais clássicos da Disney. Porém, sua narrativa complicada não funciona bem para o público infantil. Frozen prova que fins narrativos nem sempre justificam meios complicados.

21. Lilo & Stitch (2002)

Com sua animação de aquarela e personagens excêntricos, Lilo & Stitch se destaca na filmografia da Disney. Sua história sobre uma peculiar amizade entre uma menina havaiana e um alienígena é comovente e hilária. Produzido discretamente no estúdio da Disney em Orlando, Lilo & Stitch prova que restrições podem estimular maior criatividade.

20. Mulan (1998)

Mulan expande o legado Disney ao retratar uma heroína chinesa destemida. Seu visual mescla influências orientais e ocidentais primorosamente. Também equilibra emoções épicas e cômicas com maestria. Mulan foi visionário ao subverter as expectativas sobre protagonistas femininas na Disney.

19. Cinderela (1950

Cinderela estabeleceu o renascimento da Disney após a Segunda Guerra Mundial. Seu visual e trilha sonora clássicos conquistaram o público. Porém, a animação é mediana e Cinderela é uma protagonista notavelmente passiva. Cinderela prova que nem sempre grandes sucessos envelhecem bem sob uma análise mais crítica.

18. Aladdin (1992)

Aladdin elevou os musicais da Disney a novos patamares de comédia e espetáculo. Seu protagonista carismático e vilão Shakespeariano são inesquecíveis. Porém, polêmicas sobre semelhanças com outra obra opacaram suas qualidades. Mesmo assim, Aladdin cimentou o Renascimento Disney e gerou uma franquia multimídia.

17. A Pequena Sereia (1989)

A Pequena Sereia reviveu a credibilidade artística e comercial da Disney com canções fantásticas e protagonistas carismáticos. Inaugurou uma nova era dourada na animação do estúdio. Porém, alguns aspectos da ingênua Ariel se revelam problemáticos sob uma análise feminista. A Pequena Sereia prova que até clássicos têm defeitos.

16. A Dama e o Vagabundo (1955)

A Dama e o Vagabundo é um romance cativante entre classes sociais opostas, retratado com animação rica e designs elegantes. Seu spaghetti beijinho icônico conquistou gerações. Mas a representação racista dos gatos siameses é inaceitável hoje em dia. A Dama e o Vagabundo mostra que nem clássicos estão imunes a estereótipos de sua época.

15. 101 Dálmatas (1961)

101 Dálmatas revolucionou a animação da Disney ao usar xerografia para facilitar a produção em massa. Sua história é esquecível, mas a vilã extravagante Cruella De Vil se tornou uma icone fashion. O filme prova que grandes vilões podem elevar histórias medíocres ao status de clássico.

14. A Princesa e o Sapo (2009)

A Princesa e o Sapo foi um marco como o primeiro conto de fadas da Disney com uma protagonista negra. Seu retrato honesto de questões culturais americanas foi elogiado. E suas canções swing animadas trazem muito do encanto dos musicais clássicos do estúdio. O longa prova que representatividade e nostalgia podem caminhar juntas.

13. Peter Pan (1953)

Peter Pan captura a essência da magia Disney, desde seu mundo cheio de criaturas mágicas até sua narrativa sobre amadurecimento e nostalgia. Porém, algumas representações étnicas são muito estereotipadas pela lente moderna. Peter Pan prova que até clássicos adorados podem carregar controvérsias.

12. Mogli – O Menino Lobo (1967)

Mogli – O Menino Lobo avançou com animais realistas pioneiros e músicas marcantes como “Bare Necessities”. Porém, a ameaça de seu vilão é diminuída, resultando em pouca tensão dramática. O longa prova que narrativas episódicas podem se perder em digressões e prejudicar o foco.

11. Ursinho Pooh (2011)

O clássico Ursinho Pooh ganhou vida nova nesta comovente aventura final de animação tradicional da Disney. Seus desenhos primorosos e narrativa simples, porém emocionante, conquistaram fãs. Porém, o filme foi sabotado pela Disney ao competir com um blockbuster. Ursinho Pooh prova que má administração pode destruir qualquer obra-prima.

10. Moana (2016)

Moana expande o legado da Disney com sua protagonista polinésia destemida e fundos deslumbrantes. Equilibra emoção, humor e espetáculo musical com maestria. O longa prova que histórias culturais específicas podem alcançar apelo universal quando contadas com sinceridade.

9. O Corcunda de Notre Dame (1996)

O Corcunda de Notre Dame impressiona com sua abordagem ousada e matura do clássico literário. Seu tom sombrio era raro para a Disney, mas apropriado à história. Além disso, o longa tem trilha sonora poderosa e alguns dos melhores vilões do estúdio. O Corcunda prova que materiais maduros podem virar grandes animações quando tratados com respeito.

8. Branca de Neve e os Sete Anões (1937)

Branca de Neve revolucionou a animação ao provar que o meio poderia alcançar emoção e dramaticidade equivalentes ao cinema live-action. Seu enredo simples conquistou o público graças à riqueza técnica e criativa sem precedentes para a época. Branca de Neve provou que a animação não precisava apenas divertir, mas também comover.

7. O Rei Leão (1994)

O Rei Leão elevou os musicais da Disney a novos patamares de espetáculo e dramatismo. Sua narrativa shakespeariana, trilha sonora poderosa e personagens marcantes conquistaram plateias no mundo todo. E apesar das expectativas modestas, o longa se tornou um dos maiores sucessos da Disney. O Rei Leão provou a força da animação como veículo para grandes histórias.

6. Dumbo (1941)

Dumbo equilibra momentos tocantes e experimentação artística primorosamente. Sequências alucinantes como “Pink Elephants on Parade” eram ousadias sem precedentes na Disney. Produzido durante as restrições da Segunda Guerra, Dumbo prova que grandes obras podem florescer mesmo nas condições mais adversas.

5. A Bela e a Fera (1991)

A Bela e a Fera representou o ápice artístico do Renascimento Disney ao mesclar conto de fadas e drama shakespeariano. Seus personagens e trilha sonora ricas conquistaram plateias e renderam o primeiro Oscar de Melhor Filme para uma animação. A Bela e a Fera provou a maturidade alcançada pela animação nos anos 1990.

4. Bambi (1942)

Bambi levou o realismo na animação de animais a um novo patamar, retratando o ciclo da vida na natureza com beleza poética. Sua animação impressionista e momentos profundamente emocionantes fazem de Bambi uma obra única na filmografia Disney. O longa prova que restrições orçamentárias não limitam criatividade.

3. Fantasia (1940)

Fantasia realizou o sonho de Walt Disney de levar música clássica às massas por meio de animações primorosas. Seu uso revolucionário de som surround imersivo também foi pioneiro. Fantasia provou o poder ilimitado da animação como forma de arte capaz de educar e emocionar.

2. A Bela Adormecida (1959)

A Bela Adormecida representa o pináculo visual do legado Disney, com sua animação expansiva de proporções épicas. Seu design distinto criou o filme de princesa mais belo do estúdio. A Bela Adormecida provou que alguns riscos estéticos valem a pena para elevar a animação a patamares artísticos.

1. Pinóquio (1940)

Pinóquio capturou o potencial ilimitado da animação como forma de arte por meio de seu uso revolucionário de efeitos e momentos pioneiros de emoção. Na época, ninguém havia visto nada parecido. Pinóquio demonstrou que a animação poderia alcançar a mesma riqueza narrativa que o cinema live-action. Definiu o mais alto padrão para o meio.

A obra-prima de Walt Disney elevou a animação a novos patamares artísticos e técnicos. Pinóquio apresentou animação de efeitos, cenários e movimentos fluidos nunca vistos antes. Momentes como a transformação de Pinóquio em burro permanecem marcos do realismo emocional no meio. Ao equilibrar fantasia e dramaticidade de forma primorosa, o longa provou que a animação poderia ir muito além de mero entretenimento infantil.

Pinóquio também arriscou muito ao retratar temas “adultos” como mentira e desobediência sem nunca cair no infantilismo. Seu enredo simples porém profundo conquistou plateias de todas as idades. Mesmo com poucos personagens, o longa constrói um vívido retrato da tentação moral por meio de figuras inesquecíveis como o trapaceiro Fagin. Pinóquio definiu um novo patamar para narrativa e emoção na animação.

Até hoje, nenhum filme excedeu o equilíbrio entre inovação e dramaticidade alcançado por Pinóquio. Sua trilha sonora e canções memoráveis também elevaram o padrão para musicais animados. Pinóquio provou que quando artistas talentosos recebem liberdade criativa, a animação pode atingir os mesmos patamares artísticos do cinema live-action. Por isso, é justamente considerado uma obra-prima insuperável do meio.

Conclusão

Os filmes de animação da Disney são uma parte fundamental da cultura cinematográfica e cativam gerações com sua magia e narrativas encantadoras. Enquanto alguns filmes se destacam como clássicos intemporais, outros enfrentam desafios criativos e técnicos. No entanto, a história da Disney é uma jornada de constante evolução e busca por excelência.

À medida que celebramos o 100º aniversário do início do Disney Brothers Cartoon Studio, é importante lembrar que a Disney continua a inspirar e entreter o público em todo o mundo. Cada filme é uma peça do quebra-cabeça da história da animação, moldando a maneira como vemos o mundo e as histórias que contamos.

Então, da próxima vez que você mergulhar em um filme de animação da Disney, lembre-se da jornada por trás de cada obra-prima e aprecie a magia que continua a cativar corações e mentes de todas as idades. A Disney é mais do que uma empresa de entretenimento; é uma parte essencial de nossa cultura e nossa infância, que continuará a nos encantar por gerações vindouras.

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Fonte da lista: Collider (lista feita em 17 de Outubro de 2023)