Jumper: Análise Crítica Sobre a História | É um bom filme?

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Quando falamos de obras ficcionais, é comum avaliarmos tanto a execução quanto o significado presente nelas. Espera-se que haja equilíbrio entre esses dois aspectos, em que o que é bom seja bom nos dois aspectos e o que é ruim seja ruim em ambos. Infelizmente, isso não se aplica a Jumper, um filme divertido, mas vazio em termos de significado.

No início do filme, somos apresentados a David, um adolescente com habilidades de teletransporte. Ele se encontra no meio de uma antiga guerra entre jumpers, pessoas com habilidades semelhantes às suas, e os paladinos, seus inimigos juramentados. A primeira metade do filme é promissora, estabelecendo bem o mundo e o protagonista, mas logo fica evidente a falta de desenvolvimento dos personagens e da trama.

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Jumper: Análise Crítica Sobre a História | É um bom filme?
Jumper: Análise Crítica Sobre a História | É um bom filme? (Imagem: Netflix/Reprodução)

Uma das falhas de Jumper é a falta de explicação sobre a origem dos poderes de David. Em vez de explorar a descoberta e o crescimento do protagonista, o filme simplesmente demonstra sua habilidade sem aprofundar o personagem. Isso resulta em uma desconexão emocional entre o espectador e David, tornando-o irrelevante.

Além disso, a mudança de aparência de David ao longo do filme é confusa e atrapalha a identificação com o personagem. A falta de consistência visual faz com que ele pareça uma pessoa diferente em certos momentos, o que dificulta ainda mais a conexão emocional com sua jornada.

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O filme também desperdiça a oportunidade de explorar o potencial de uma trama policial envolvendo jumpers. A introdução do personagem Roland como um agente da NSA cria expectativas de um confronto entre um detetive inteligente e um criminoso com habilidades sobrenaturais. No entanto, a revelação de que Roland não é uma autoridade real tira parte da diversão e não agrega um significado relevante à história.

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O antagonista Roland acaba sendo funcional para a trama, servindo apenas como um desafio e um elemento de risco para os jumpers. Ele não possui profundidade ou significado além de ser um obstáculo para o protagonista. Sua motivação para eliminar os jumpers é superficial, baseada na ideia de que eles são seres não-naturais que devem ser aniquilados.

Outro ponto fraco de Jumper é a falta de coerência nas ações dos personagens. Tanto David quanto o personagem Griffin, outro jumper, agem de forma imprudente ao realizar teleportes em locais públicos, colocando a si mesmos e às pessoas ao seu redor em perigo. Essa falta de cuidado e explicação sobre os riscos envolvidos compromete a lógica da história.

A relação romântica entre David e Millie também é mal desenvolvida. David não revela a verdade sobre seus poderes e os perigos que Millie enfrenta, mesmo tendo várias oportunidades para fazer isso. Sua falta de comunicação e cuidado com a segurança de Millie resulta em sua captura pelos vilões, o que poderia ter sido evitado se ele tivesse sido mais responsável.

Jumper: Análise Crítica Sobre a História | É um bom filme? (Imagem: Netflix/Reprodução)

A luta final entre David e Griffin é bem executada, mas o motivo que leva a esse confronto é fraco. Griffin deseja resolver o problema dos paladinos de forma violenta, enquanto David tenta impedi-lo por causa da situação de Millie. A falta de uma solução mais eficiente apresentada por David torna a briga vazia e desprovida de significado.

Em relação aos aspectos técnicos, os efeitos visuais de Jumper são o ponto alto do filme. A distorção espacial causada pelos teleportes dos jumpers é bem representada, adicionando realismo às cenas. A variedade de locações ao redor do mundo também contribui para a empolgação visual. No entanto, a confusão visual em algumas cenas de luta compromete a clareza da ação.

No final do filme, uma revelação sobre a mãe de David é introduzida de forma superficial e frustrante. A falta de aprofundamento na crença dos paladinos e a rápida aparição da mãe tornam essa revelação sem impacto significativo na trama. A personagem poderia ter sido melhor explorada, mas é desperdiçada, resultando em uma narrativa rasa e decepcionante.

Em resumo, Jumper é um filme divertido, mas que carece de significado. Sua falta de desenvolvimento dos personagens, trama rasa e falta de coerência nas ações dos personagens comprometem o potencial da história. Apesar dos efeitos visuais impressionantes, o filme deixa a sensação de que poderia ter sido muito mais do que é. Uma oportunidade perdida.

Veja o trailer do Filme Jumper:

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