Vórtex: Análise da Nova Série da Netflix | É boa?

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A Netflix tem se destacado na produção de programas de ficção científica, especialmente aqueles de origem não inglesa, e a minissérie “Vórtex” é mais um exemplo disso. Combinando elementos de thriller de ficção científica com drama, essa produção francesa é cativante e envolvente. Embora não seja perfeita e apresente algumas inconsistências ao longo dos seis episódios, “Vórtex” consegue priorizar os aspectos certos e proporcionar uma experiência divertida.

A trama se passa em um futuro próximo, no ano de 2025, quando a realidade virtual se tornou uma ferramenta comum nas investigações policiais. O procedimento é simples: uma equipe de drones escaneia a cena do crime por horas e os detetives acessam essas informações em um espaço de realidade virtual para encontrar mais pistas. A história se concentra em Ludovic Beguin, conhecido como Ludo, um policial na cidade francesa de Brest.

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Em 7 de julho de 2025, Ludo e sua equipe chegam à Corsen Beach para investigar o afogamento de uma mulher, suspeitando de homicídio. Enquanto procuram por pistas e evidências, a mulher é identificada como Zoe Levy, mas poucas informações sobre ela são encontradas de imediato. No entanto, a visita à praia abala Ludo, pois ele tem uma memória pessoal traumática associada ao local.

Vortex: Análise da Nova Série da Netflix | É boa?

Vinte e sete anos atrás, em 1998, a esposa de Ludo, Melanie, foi encontrada morta na mesma praia, supostamente após cair acidentalmente de um penhasco durante sua corrida. Na época, Ludo se viu como pai solteiro de sua filha Juliette e ficou devastado pela perda de sua amada esposa. No entanto, a vida seguiu adiante e Ludo agora é casado com Parvana, com quem tem um filho.

No entanto, sua vida normal e sua sanidade são ameaçadas quando Ludo entra no espaço de realidade virtual da Corsen Beach para investigar a morte de Zoe Levy. Devido a uma falha peculiar e inexplicável, ele consegue cruzar os limites do tempo e do espaço e interagir com Melanie a partir de 1998. Determinado a salvar sua esposa amada da morte, Ludo começa a buscar maneiras de evitar a tragédia de 1998.

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Logo, Ludo começa a suspeitar que a morte de sua esposa não foi um acidente, mas sim um assassinato, transformando a série em um thriller policial. Isso envolve uma série de investigações, com vários suspeitos surgindo na lista de Ludo. Embora nem todas as investigações sejam totalmente convincentes, essas partes do programa são agradáveis de se assistir. “Vortex” também consegue manter um certo mistério em torno do personagem principal, Ludo, já que ele nem sempre está certo em suas deduções.

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Em certos momentos, surgem fissuras em sua estabilidade mental, levantando a dúvida se ele está realmente testemunhando eventos reais ou se tudo faz parte de sua imaginação. O desespero de Ludo para ajudar Melanie o leva a suspeitar até mesmo daqueles que estão mais próximos a ele, tornando-o uma figura que parece estar contra todos os outros. A série mantém o suspense sobre se Melanie foi realmente assassinada ou se sua morte foi um acidente até o último episódio, aumentando a tensão e a experiência como um todo.

“Vórtex” também explora o conceito do efeito borboleta, que sugere que uma pequena mudança em um lugar pode ter um efeito significativo em outro no tempo e no espaço. As interações entre Melanie e Ludo ocorrem devido a uma falha, que é uma forma indireta de viagem no tempo, resultando em ações do passado repercutindo no presente de maneiras imprevisíveis.

Os primeiros episódios são dedicados a estabelecer essa relação de causa e efeito, já que as reações de Melanie mudam completamente o presente para Ludo e seus colegas. Medidas são tomadas para desfazer essas mudanças, o que funciona a favor dos personagens, mas também dá a sensação de que “Vórtex” seleciona quais cenários são importantes e quais são ignorados. Isso, porém, diminui a profundidade do conceito do efeito borboleta.

Uma reclamação pessoal é que “Vórtex” enfatiza muito o drama em detrimento da ficção científica, o que é uma escolha criativa dos roteiristas. Ao longo dos seis episódios, a série foca nos relacionamentos humanos, nos laços afetivos e nas emoções, sem explorar detalhes sobre por que ou como essa falha misteriosa ocorre e por que Melanie do passado não aparece para todos que acessam a realidade virtual. Embora isso não prejudique a série, poderia ter sido interessante se esses elementos tivessem sido desenvolvidos.

As atuações, os efeitos visuais e a direção geral são adequados, embora não se destaquem de forma notável. Além disso, há cenas, especialmente no final, que são bem filmadas para transmitir o valor emocional das situações retratadas. No geral, “Vórtex” é uma produção interessante e divertida, recomendada para fãs de ficção científica e drama. Embora apresente algumas falhas e deixe algumas questões em aberto, a série oferece uma experiência envolvente que vale a pena conferir.

Trailer e ficha técnica de Vórtex

2023 | Classificação etária: A14|1 temporada| Drama

Devido a uma falha numa realidade virtual, um policial se conecta com a esposa, morta há décadas. Agora, tentará alterar o passado, com consequências inimagináveis.

Estrelando: Tomer Sisley,Camille Claris,Zineb Trik

13 thoughts on “Vórtex: Análise da Nova Série da Netflix | É boa?

  1. Começou bem e prometia, mas a personagem Melanie se comportou de forma tão estúpida,que perdeu a graça no últimos capítulos.

    1. Sim, foi estúpida. Mas ela era um indestrutível e poderosa juíza, como são até hoje. Será que vc manteria seu equilíbrio emocional, tendo certeza que vai morrer depois de amanhã?

  2. Boa série… Porém, cara… Se ela sabia q ia morrer naquele local, e aquele horário, não era melhor ela só ficar quieta em casa? Na moral msm

    1. Se ela ficasse em casa, isso só iria adiar a data da morte e prolongar a série. Na linha do tempo, o H iria se aproximar dela, mais cedo ou mais tarde. A única forma dela não morrer seria matá-lo, ou prisão perpétua.

  3. Melanie precisou estar naquele local, dia e hora porque realmente saberia quem de fato seria o seu homicida. Naquele momento, não restava mais dúvida de quem seria. Por isso ela atira. Não restava dúvida alguma de quem seria. Fato é que, diante do homicídio do vilão, tudo muda…as mortes que se sucederiam e a própria morte do Ludo não se consuma. É nesse momento, no iminente homicídio do Ludo pelo vilão, que tudo se encaixa pra ele. Ali ele percebe que a Melanie havia se antecipado ao algoz. Ele agora entende que o que aconteceu foi uma legítima defesa.

  4. Um final interessante seria o efeito borboleta da não morte de Melanie ter consequências tão devastadoras e inevitáveis que o Ludo de 2025 acaba por concluir que sua morte é necessária e encontra uma forma de interagir com 1998, empurrando ele próprio sua esposa do penhasco para a morte.
    Formaria um paradoxo para reflexão, onde os fatos do futuro e passado não tivessem um fim ou começo.

  5. Série muitíssimo boa, super emocionante e comovente. Fiquei me colocando no lugar deles e tentando imaginar qual seria meu comportamento. Muito legal mesmo. Fiquei voltando a cena final (T1E6) várias vezes p ver… Assistam!

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