Young Royals: 3ª Temporada | O Romance de Wilhelm e Simon Ainda Conquista?
A cena de mídia queer está agitada com a série sueca “Young Royals”, uma obra que mescla drama adolescente e romance gay de uma maneira peculiarmente cativante. A trama gira em torno de um jovem príncipe coroado e seu amor, um jovem de classe trabalhadora, oferecendo uma representação natural da juventude. Embora possa parecer improvável encontrar um príncipe coroado em um contexto escolar comum, a série consegue criar um nível de identificação em sua representação dos jovens, desde sua aparência até seu comportamento e interações.
Inicialmente, a premissa de “Young Royals” poderia sugerir mais uma história focada excessivamente no erotismo, similar a produções europeias ao estilo “Euphoria”. Porém, ao contrário do esperado, a série surpreendeu com sua abordagem autêntica e sensível, não se limitando apenas ao romance de Wilhelm e Simon. Explorando temas como o impacto das escolas aristocráticas, TDAH, amizade e descobertas sexuais, a trama é desenvolvida com um misto de drama e momentos intensos, apesar do uso peculiar de trilhas de EDM e hip-hop que podem não agradar a todos.
A terceira temporada de “Young Royals” eleva o nível do drama, continuando a explorar o romance angustiante entre Wille e Simon. Contra as expectativas de uma resolução pacífica dos conflitos, os jovens ainda enfrentam inseguranças e tensões, mantendo o público ansioso pelo desenrolar de sua história. Mesmo com a repetição de alguns conflitos da temporada anterior, a série mantém seu encanto, introduzindo questões pendentes que deixam os espectadores em suspense.
Este ciclo traz um foco particular em Wilhelm, cuja trajetória toma um rumo sombrio, complicando ainda mais seu relacionamento com Simon. Outros personagens, como August, recebem desenvolvimentos significativos, mostrando arrependimento e esperança de redenção, enquanto personagens como Felice enfrentam seus próprios desafios. A temporada se aprofunda nas diferenças entre Wilhelm e Simon, exacerbadas pelas questões de aristocracia e privilégio, e apresenta uma crise na escola Hillerska, ameaçada de fechamento devido a um escândalo.
Apesar de seguir os moldes das temporadas anteriores, a terceira temporada de “Young Royals” se destaca, mantendo a essência da série com seus elementos característicos de festas, romances e dramas intensos. Com uma avaliação de 4 de 5 estrelas, a temporada cumpre as expectativas e promete um final de temporada emocionante, destacando-se a atuação de Edvin Ryding em uma cena particularmente impactante. Recomenda-se assistir a temporada de maneira espaçada para amenizar a espera pelo episódio final.