Identidades, segundo experimento literário de Felipe Franco Munhoz

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Felipe Franco Munhoz, que escreveu seu primeiro romance intitulado “Mentiras”, pela editora Nós, lançou, em maio deste ano, o seu segundo “experimento” literário, o romance “Identidades”, também editado pela Nós, (mesma editora que publicou “O peso do pássaro morto, da Aline Bei – leia resenha clicando aqui).

Identidades é um livro de experimento ficcional singular, sobretudo para os padrões dos autores contemporâneos no Brasil. Eu nunca li, pelo menos, nada parecido com essa narrativa composta por Munhoz. Bom, falando um pouco sobre o livro, uma história que recompõe bem um personagem já tão explorado na literatura universal, o Fausto, aqui, como “mulher, mas em trajes – e corte de cabelo – semimasculinos”.

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A confusão, essa constante suposição e incerteza representam o quadro de busca da identidade desse personagem que tem dúvidas acerca de sua sexualidade, do seu corpo… e por aí vai.

Afora o enredo, que é vasto, múltiplo, o livro ganha formas incríveis, e pouco comuns. Até por isso, alerta Natália Borges Polesso, ainda na “orelha” do livro: “… para ler Felipe Franco Munhoz é preciso de uma generosa dose de incompreensão”. Depois ela ainda afirma que “o pedido não é gratuito”, e não é mesmo. Identidades traz consigo uma nova experiência literária para qualquer leitor. Dos mais novos aos mais experimentados, Felipe provocará sensações únicas ao longo de sua narrativa, mas não só no tocante ao mito repaginado, mas também à forma, ou ao desinteresse dela.

É poesia, é teatro (com Coro e tudo), é romance, é plural. Felipe coloca-se como um dos grandes nomes da literatura contemporânea, a qual o blog tem sempre atenção especial.

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