“Fisólofo”
Fernando Cabral alcançou um alto patamar como pensador dos tempos atuais, sendo reconhecido como um dos filósofos mais influentes da contemporaneidade. Coisa que não é muito difícil em tempos de fisólofos antivacina que não gostam de Beatles.
Fernando está o tempo todo publicando suas reflexões nas redes sociais, e seus textos possuem um alcance fenomenal. São curtidos e compartilhados centenas de milhares de vezes.
Nas últimas semanas Fernando vinha se debruçando filosoficamente sobre os dramas provocados pelas guerras e refugiados, sempre propondo questionamentos e possíveis respostas para eles.
De ontem para hoje um novo texto foi postado. Fernando acordou por volta das onze, babado, atordoado e de ressaca, e descobriu ser o centro de um rebuliço não só nacional, mas mundial.
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“Ele nunca decepciona” disse uma professora da USP numa rádio.
“Ele faz parecer tão simples que a gente se pergunta como ninguém pensou nessa solução antes”, falou uma aluna de História em uma roda de conversa.
“Ele vinha tecendo esse pensamento há semanas. Não se enganem, a genialidade é uma construção, e não uma inspiração repentina. E que construtor é esse Fernando Cabral, heim!?” falou uma celebridade no Encontro com Fátima Bernardes.
“Por mim já colocavam o Nobel da paz nas mãos dele” comentou um anônimo numa postagem no Facebok. Um outro viu e fez um meme a partir dessa ideia e compartilhou a imagem por aí.
Fernando não tinha lido o que postou até hoje de manhã, muito depois de acordar, e agora está me perguntando se deve ou não expor as circunstâncias de sua produção antes que um dos seus amigos espalhe por aí que a ideia era todo mundo no bar escrever um texto com as sugestões do teclado e postar pra ver no que ia dar.