Virgem Maria: A releitura bíblica que está dividindo opiniões na Netflix
Anthony Hopkins como Herodes e Noa Cohen como Maria protagonizam este filme que explora as origens da figura mais emblemática do cristianismo.
“Virgem Maria”, dirigido por D.J. Caruso e escrito por Timothy Michael Hayes, combina elementos de ação, drama e suspense em uma abordagem hagiográfica sobre a Virgem Maria. A produção da Netflix apresenta um enredo que revisita a juventude de Maria, oferecendo uma visão única de sua jornada como a mãe de Jesus.
Enredo e Ambientação
Cavalos galopando pelo deserto, espadas chocando-se e o anjo Gabriel com suas vestes azuis são apenas algumas das cenas marcantes deste longa. A trama acompanha momentos cruciais da vida de Maria, desde a gravidez profetizada de sua mãe, Ana (interpretada por Hilla Vidor), até o nascimento de Jesus.
A narrativa destaca o conflito entre o bem e o mal com a presença constante de Lucifer e a obsessão de Herodes, vivido brilhantemente por Anthony Hopkins, pelo salvador profetizado.
Atuações e Produção
Anthony Hopkins entrega uma performance magnética como o rei Herodes, enquanto Hilla Vidor traz profundidade emocional à personagem de Ana. Por outro lado, Noa Cohen, que interpreta Maria, oscila entre momentos de humanidade e um roteiro que promete mais do que entrega.
A decisão de fazer Maria dialogar diretamente com o público, dizendo: “Você pode achar que conhece minha história. Confie em mim, você não conhece”, é ousada, mas a execução não alcança a promessa.
Controvérsias e Debates em Torno de “Virgem Maria”
O filme “Virgem Maria” não escapou das controvérsias. A escalação de atores israelenses, como Noa Cohen e Ido Tako, gerou críticas nas redes sociais, especialmente em meio às tensões geopolíticas entre Israel e Palestina. Muitos espectadores consideraram a escolha insensível, dado o peso simbólico das figuras bíblicas representadas. Além disso, a abordagem criativa de eventos bíblicos foi questionada por alguns religiosos, que consideraram certas interpretações inconsistentes com os textos tradicionais. A polêmica apenas reforçou o debate sobre como filmes religiosos devem equilibrar liberdade artística e respeito às tradições.
Vale a Pena Assistir?
Com 1h42min de duração, “Virgem Maria” é um filme que tenta englobar diversos gêneros e proporcionar uma experiência épica. Embora tenha momentos visuais impressionantes e um elenco talentoso, o roteiro poderia explorar melhor a rica história da personagem principal.
Disponível no catálogo da Netflix, o filme é indicado para quem aprecia releituras religiosas ou simplesmente busca um épico com uma abordagem diferente.
Assista o Trailer de Virgem Maria
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Fonte: NY Times