“Quando mais precisamos”: penúltimo episódio de The Last Of Us
“Quando mais precisamos” é o oitavo e penúltimo episódio da primeira temporada da já aclamada série da HBO Max The Last Of Us. Uma série que entrou na vida dos espectadores e já conquistou de cara, atendendo e superando as expectativas dos grandes fãs da franquia do jogo, mas também aqueles que conheceram essa história maravilhosa somente com a adaptação.
Em “Quando mais precisamos” somos logo levados a Ellie e a sua angustiante missão de salvar a vida do seu companheiro Joel, fato que o roteiro poderia ter explorado um pouco mais no episódio anterior. E por falar no episódio anterior, acesse a análise feita por nós da Recorte Lírico sobre o 7º episódio clicando neste link aqui.
A angústia de Ellie e a tensão posta naquele porão soma-se a necessidade de se alimentar e a escassez de alimento naquele local é um perigo para a sobreviência de ambos. Ellie então decide caçar, fato inédito para ela, embora já tenha tido algum treinamento com Joel. Depois de algumas tentativas a sorte de encontrar um cervo e estar no local certo, com a respiração correta e logo a mira se mostra boa, embora não tenha acertado em cheio o animal.
Ellie terá que ir ao encontro da pressa, mas dá de cara com dois homens que acabamos de conhecer. Na primeira cena vemos um grande grupo que chora a morte de um integrante importante. Diante da dor da despedida, palavras proféticas de David, um líder que parece ter a força suficiente para conduzir um grupo daquele tamanho. Embora não sem a dúvida na cara de alguns, mas não se a devida repreensão.
E é com David e o seu discípulo que Ellie dá de cara com uma montanha muito alta para ser desafiada. Mas trata-se da menina que já passou por poucas e boas e, subindo o tom da voz, ela consegue não só garantir que o animal abatido a pertence, mas consegue uma boa barganha, fazendo uma troca por medicamentos que poderá finalmente ajudar na cicatrização de Joel. Enquanto o “discípulo” vai até a vila buscar os remédios, Ellie tem um importante dialógo com David. Naquele momento já conseguimos entender o nível de interesse dele na adolescente e como as suas relações interpessoais soam deturpadas.
Na mesma conversa, Ellie descobre que Joel foi o responsável pela morte daquele homem ao qual o grupo ainda estava de luto, o que a coloca em perigo. A única coisa que resta para ela é pegar os remédios e fugir. Embora o remédio aplicado em 2 doses pareça que, finalmente, a cicatrização e a melhora de Joel possa estar por vir, o perigo e a tensão que ele viverá nas próximas horas é estarrecedor.
Ao descobrirem os responsáveis pela morte daquele homem, o grupo quer nada menos do que vingança. Morte! Uma verdadeira antítese para a mensagem que soava mais cedo naquele local. Sobra para Ellie preparar minimanete um Joel ferido e sonolento, enquanto ela se vestia mais uma vez de coragem. Muitas coisas acontecem nesse curto espaço de tempo e Ellie, que fora capturada, não tinha nenhuma esperança, certamente, de reencontrar um Joel que, embora fragilizado, vence na força do ódio os seus inimigos enquanto, por amor, busca reencontrar a sua Ellie.
Aprisionada e indefesa, Ellie se vê diante de um homem que se posta como líder, mas que na verdade tem uma ideologia totalmente duvidosa. As suas propostas não seduziem Ellie, obviamente, que descobre vários crimes que estavam sendo cometidos por David, com a justificativa de dar proteção aos seus. Quando Ellie enfim se desvencilia dos seus inimigos, ela só tem uma porta para sair daquele mundo tenebroso, cuja chave só quem tem é o “pastor”.
Entre sussuros doentios e a busca incessante por Ellie, os dois acabam travando um confronto corporal, quando todos os desejos já postos nas entrelinhas poderão ser colocados em prática por David, que se revela um estuprador naquele estante. Ellie, entretanto, não se dá por vencida e aniquila impiedosamente o seu adeversário e faz cair por terra toda e qualquer investida contra ela. Ellie passa pelo momento mais difícil da sua vida precisando assassinar, novamente. Estará Ellie ainda mais preparada para o que vier pela frente, mas não sem pagar o preço da dor que um homem mau pode causar em uma garota.
O que lhe resta é reencontrar o bom Joel, para que ela possa ter novamente proteção e conforto em alguém que nunca desistiu de cuidar de sua “garotinha”, mesmo fragilizado. Um grande episódio digno de uma interpretação monstruosa de Bella Ramsey, o que certamente lhe renderá muitos reconhecimentos da crítica especializada. Agora, para nós espectadores, só nos resta esperar para o que o último capítulo de The Last Of Us nos reserva.
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