Quem diria que uma série bíblica conseguiria me deixar mais tenso do que final de dorama coreano? Pois é. The Chosen Temporada 5 Episódio 1 voltou já no primeiro episódio deixa claro que: não tem mais espaço pra metáfora. Jesus tá falando na lata.
Se você é fã da série ou só tá aqui por curiosidade e FOMO espiritual, senta aí — porque esse post vem com análise real, um pouco de emoção (segura, prometo), e sim, spoilers.
The Chosen Temporada 5 Episódio 1: palmas, palmeiras e uma entrada nada triunfal
Começamos com o famoso Domingo de Ramos. A galera grita “Hosana!”, Jesus entra montado num jumentinho (a Bíblia curte símbolos sutis), e todo mundo acha que finalmente vem aí o reinado terreno de Cristo. Mas o olhar dele diz outra coisa. Um quê de despedida, de alerta. Ele tá ali, mas não tá.
E se você prestar atenção, já sente o peso. A câmera segura, a trilha sobe, e a tensão começa a fermentar. Bem-vindo à última ceia… por partes.
Jesus humano demais, discípulos desatentos demais
Se tem uma coisa que esse episódio acerta é mostrar Jesus em carne, osso e angústia.
Jonathan Roumie entrega uma atuação com mais camadas que o sermão da montanha. Em uma cena ele tá sorrindo numa festa de casamento, na outra tá tendo uma visão do templo em chamas no futuro (70 d.C., pra quem faltou nessa aula de história).
Enquanto isso, os discípulos seguem no modo “entendi nada mas tô confiante”.
Simão quer pregar, Judas tá claramente querendo acelerar os eventos, e João e Maria são os únicos que parecem entender que o bicho vai pegar.
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As camadas simbólicas (pra quem curte misturar fé e roteiro)
- A entrada pela Porta das Ovelhas não é só geografia — é foreshadowing poético: ali entravam os cordeiros sacrificiais. Jesus sabe o que tá fazendo.
- O chicote com as tiras do bridão de José: mais que símbolo de revolta no templo, é o momento em que Jesus deixa de avisar com parábolas e começa a agir com sangue nos olhos (e lágrimas nos cílios).
- As falas enigmáticas virando falas literais: acabou a fase dos enigmas. Agora é sobre “vou morrer e vocês vão me abandonar, ok?” E eles: “Uau, que coisa simbólica!”. Não, galera.
E o tal “Watcher”?
Ele tá lá. Observando tudo. Um pouco stalker, um pouco discípulo em potencial, um pouco “preciso de um spin-off”. E sim, provavelmente vai virar alguém importante. A série não joga tempo de tela fora.
Vale a pena ver no cinema?
Se você conseguir: sim. Esse episódio é cinematográfico. Cenas amplas, trilha emocional, figurino impecável. Parece mais um épico de festival do que uma série de streaming. Tem cara, alma e som de tela grande.
Conclusão sincera
The Chosen já vinha escalando emocionalmente desde a temporada 3. Mas aqui, na 5ª, ela deixou de lado a doçura e foi direto pro ponto: a hora chegou.
Se você esperava milagres e discursos fofos… prepara o emocional. O que vem agora é tensão, traição e muita humanidade — aquela bem real, cheia de medo e contradição.
E se esse é só o primeiro episódio, é melhor você respirar fundo. Porque a série não vai te poupar, nem a si mesma.
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