O olhar profundo da memória

As lembranças aparecem sem respeitar o calendário. Coincidentemente, o olhar profundo da memória voltou-se ao pai que não conheci, às vésperas de ver celebrado o dia dos Pais no Brasil. Mera coincidência que um desespero a mais pode gerar ao cronista. Como se sabe, o exercício de relembrar fatos passados, de exercitar a memória profunda … Ler mais

POESIA E CINEMA: NO PRÍNCIPIO ERA O VERSO…

POESIA E CINEMA: NO PRÍNCIPIO ERA O VERSO...

MORTE E VIDA SEVERINA O filme Morte e vida severina, lançado junto com Quincas Berro D’água, no ano de 1977, com direção de Walter Avancini, traz algumas novidades que o tornam estranho ao padrão Globo. A primeira inovação é a escolha de um texto poético para a adaptação, o que resultou em dificuldades e não … Ler mais

“Baudelaire” biografia em forma de poema escrito por Rilke

“Baudelaire” biografia em forma de poema escrito por Rilke 1

“Se não for Baudelaire eu nem leio” É, parece que Rilke partilhava dessa ideia, e quem não compartilha? Afinal, Baudelaire é realmente um dos nomes mais icônicos da poesia (sou só eu que acho isso?). No entanto, apesar de receber aplausos, Baudelaire recebeu também muitas vaias do público conservador de sua época e teve muitas … Ler mais

O mundo que oprime poetas: uma análise comparativa entre poemas de Dickinson e Rilke.

O mundo que oprime poetas: uma análise comparativa entre poemas de Dickinson e Rilke.

Nesse presente texto, apresentar-se-á uma análise comparativa entre poemas de dois autores certamente brilhantes: Rilke e Dickinson, observe-se os excertos: Excerto 1: “A pantera”, de Rilke “Seu olhar, de tanto percorrer as grades, está fatigado, já nada retém. É como se existisse uma infinidade de grades e mundo nenhum mais além. O seu passo elástico … Ler mais

[Quarta Poética] ATÉ QUE A MORTE ME UNA

ATÉ QUE A MORTE ME UNA

Silêncio. Onde a palavra nasce e depois morre. Tobogã onde toda sílaba escorre. Um nada antes e outro depois. Uma ausência final diferente. No começo não se existe. No fim, sobra-se na memória (túmulo vivo) que carregam da gente. Antes da chegada, o desconhecido. Partido, entre outros distribuído, até, com (ou sem?) sorte, ser esquecido … Ler mais

Kenga

Kenga 1

Por onde será que anda ela? A megera do fim de tarde. Que de lutas e pelejas carnais possui sua pele macia suada. Por onde será que anda ela? A prostituta assexuada. Sempre alheia, paralela, indiferente… Mas dentre as mulheres a mais procurada Por onde será que ela anda? A amante da poligamia. Aquela que … Ler mais

O fim das amarras, rap do Thiago Damin

Ninguém se importa com a cidade Falta cumplicidade Quem se importa ainda salva simplicidade Muita vaidade e a idade é acessório de maquiagem Por imagem, status, dinheiro e fama Reconhecimento que acaba quando Levantam da cama A cabeça doendo, a alma corrompida E eu vou desenvolvendo junto com a batida E falando em batida Mais … Ler mais