Aline Bei e o seu “peso do pássaro morto”
Li Aline Bei e seu pássaro
morto. Morri!
De inveja e orgulho, orgulho de quem
decide apropriar-se de uma
veia artística única, inovadora.
Aline não se parece com ninguém,
já o pássaro, ou melhor,
seu peso:
parece com o que todo mundo carrega
nas costas, todos os dias,
até não mais ter dias.
Li Bei com
a expectativa de um ignorante,
e a satisfação de um artista
ao expor sua obra.
Exposição de vida,
das suas fases.
Compreensão de vida e morte
como em:
– o que é morrer?
ela estava fritando bife pro almoço.
– o bife
é morrer, porque morrer é não poder mais escolher o que
farão com a sua carne.
quando estamos vivos, muitas vezes também não escolhemos.
mas tentamos.
Do SchopenhauerZAR da vida,
que é do ser
humano, e também tá no pássaro:
o moleque não era nem nascido e já tinha gente
pensando
na sua
profissão. O trabalho é
por tantas vezes
a maior tristeza da vida de uma pessoa e é só nisso
que certos pais pensam, no filho
crescendo e sendo alguém sendo que esse ser
alguém envolve tudo menos Ser.
Bei veio para ficar,
o pássaro mal chegou e já se
foi.
Aline
certamente
alçará altos voos.
Sua personagem,
com todas as suas perdas,
é a antítese do que
significará
Aline Bei para a nossa literatura.
Não poderia deixar de
dialogar, aqui, com esta autora,
não sendo em versos,
imitando-a, admirando-a,
parecendo com ela,
enquanto ela, repito,
não se parece com ninguém.
E esta é a melhor
parte.
O livro:
O peso do pássaro morto (2017)
Editora Nós
Preço: 30,00
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