O Poderoso Chefão: A Árvore Genealógica Explicada da Família Corleone

A saga ‘O Poderoso Chefão’ é uma obra-prima da literatura e do cinema que nos leva ao intrigante mundo criado por Mario Puzo. Essa famosa família fictícia cativou o público ao longo dos anos, graças à adaptação cinematográfica de Francis Ford Coppola em 1972, que conquistou prêmios da Academia e críticas positivas.

No entanto, o que torna essa história tão envolvente é a rica tapeçaria de personagens secundários e seus complexos relacionamentos. Neste artigo, mergulharemos na árvore genealógica da família Corleone, explorando cada personagem em detalhes.

Vito Corleone

O jovem Vito Andolini (interpretado por Oreste Baldini, depois por Robert De Niro e Marlon Brando) nasceu em 29 de abril de 1887, de acordo com sua lápide em ‘O Poderoso Chefão’ (ou em 7 de dezembro de 1891, de acordo com ‘O Poderoso Chefão Parte II’). Ele veio da pequena vila siciliana de Corleone, onde seu pai, Antonio Andolini, foi assassinado pelo chefe da máfia siciliana, Don Ciccio (Giuseppe Sillato), em 1901. O irmão mais velho de Vito, Paolo, jurou vingança, mas foi morto durante o funeral do pai.

A mãe de Vito (Maria Carta) levou Vito a Don Ciccio para implorar pela vida dele, mas quando ele recusou, ela segurou uma faca na garganta do Don, dando a Vito a chance de fugir. Vizinhos simpáticos contrabandearam Vito para a América, onde, na Ilha Ellis, em 1901, ele foi renomeado Vito Corleone. Após construir um império de azeite de oliva e uma família do crime organizado, Don Vito Corleone se vingou de Don Ciccio e, posteriormente, morreu em 29 de julho de 1955.

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Carmela Corleone

Carmela (Francesca De Sapio/Morgana King) nasceu em uma família siciliana em 1897 e imigrou para Nova York quando criança. Ela se casou com Vito Corleone aos 16 anos. Enquanto moravam no Bronx, eles eram vizinhos de Peter Clemenza (Bruno Kirby/Richard S. Castellano) e Anita Colombo (Saveria Mazzola). O primeiro viria a se juntar ao sindicato do crime de Vito. Carmela deu a Vito quatro filhos, apesar de vários problemas de aborto entre o primeiro e o segundo filho. Carmela sempre estava ciente dos negócios de seu marido e orava por ele, mas nunca interferia. Ela morreu em abril de 1959, durante os eventos de ‘O Poderoso Chefão Parte II’.

Santino “Sonny” Corleone

Sonny (James Caan) era o filho mais velho de Vito e Carmela, nascido em 1916, de acordo com o documentário de 1991, ‘Os Suplementos de O Poderoso Chefão’. Seu temperamento explosivo frequentemente dava lugar a acessos de raiva, e embora ele pretendesse seguir os passos de seu pai quieto, Sonny tinha dificuldade em não fazer as coisas à sua maneira.

Seu casamento com Sandra Corleone (Julie Gregg) lhe deu quatro filhos: Kathryn, Francesca, Frank e Santino Jr. Sonny morreu baleado várias vezes durante disputas de gangues em 1945. Isso aconteceu depois de ele ter espancado seu cunhado Carlo Rizzi (Gianni Russo), que estava abusando de sua irmã Connie (Talia Shire) e estava protegido pela Família Barzini.

Sandra Corleone

A avó de Sandra era vizinha e amiga de Vito e Carmela, Anita Colombo. Suas famílias permaneceriam próximas por gerações no Bronx. Os pais de Sandra diziam ter voltado para a Sicília para dar à luz Sandra, para que ela fosse uma verdadeira siciliana, apesar de ter crescido mais tarde em Nova York. De acordo com o livro ‘A Família Corleone’, Sandra estava apreensiva em iniciar um namoro com Sonny Corleone devido à sua reputação.

“Que reputação? Juro que sou um anjo. Pergunte à minha mãe!” “Foi sua mãe que me alertou sobre você!” Sandra e Sonny se casaram em 1935 e tiveram quatro filhos, mas a inteligência de Sandra se mostrou de duas maneiras, já que ela estava ciente do caso de Sonny com Lucy Mancini (Jeannie Linero).

Lucy Mancini

Assim como os Colombo e os Clemenza, a família Mancini era próxima dos Corleone durante seus primeiros dias no Bronx. Lucy Mancini se tornou especialmente próxima de dois dos filhos de Corleone; ela foi a madrinha de casamento de Connie e foi amante frequente de Sonny. Na verdade, praticamente um terço do foco do romance original é dado a Lucy Mancini, quando não está focado nos Corleones ou em Johnny Fontane (Al Martino).

O livro detalha sua mudança para Las Vegas, seu eventual romance com um médico e (estranhamente) seus problemas vaginais únicos! Lucy e Sonny eram perfeitos um para o outro (os leitores do livro entenderão o que quero dizer!), mas “Era um amor do tipo mais grosseiro.” Seus encontros luxuriosos eventualmente levariam ao nascimento de seu filho ilegítimo, Vincent (Andy Garcia).

Vincent Mancini

Vincent Mancini nasceu em 1948, de acordo com ‘Os Suplementos de O Poderoso Chefão’. Filho ilegítimo de Lucy Mancini e Sonny Corleone, Vincent trabalhava como dono de um clube noturno. Michael Corleone (Al Pacino), que assumiu a família após a morte de Vito, via muito de si mesmo em seu sobrinho Vincent e, como tal, o instou a não cair nas mesmas armadilhas que ele.

Eventualmente, depois que Vincent salvou Michael, ele foi incluído nos negócios da família, mas foi proibido de buscar quaisquer aspirações românticas que tivesse com a filha de Michael (e prima de Vincent), Mary (Sofia Coppola). Vincent acabou assumindo os negócios da família e era visto como uma combinação da astúcia de Vito, da crueldade de Michael, da sensibilidade de Fredo, do temperamento de Sonny e da lealdade de Tom Hagen.

Frederico “Fredo” Corleone

Fredo (John Cazale) foi o segundo filho de Vito e Carmela, nascido em 18 de outubro de 1915, de acordo com o romance ou 1919, de acordo com o filme. Ele era uma criança doente com pneumonia. No livro ‘O Poderoso Chefão Retorna’, é insinuado que Fredo foi molestado por seu padre paroquial quando criança, e ele é retratado como tendo relacionamentos sexuais secretos com homens. Fredo tinha uma natureza mais sensível, o que o levou a ser “passado por cima” nos negócios da família por seu irmão mais novo, Michael.

Mais tarde, Fredo se mudou para Las Vegas para trabalhar com Moe Greene (Alex Rocco). Depois de trair Michael, Fredo se tornou alvo de assassinato, mas, a pedido de Connie, Michael concordou em não forçar sua mãe a lamentar a perda de seu filho mais mimado. Após a morte dela em abril de 1959, Fredo foi assassinado por Al Neri (Richard Bright).

Deanna Dunn-Corleone

Deanna Dunn (Marianna Hill) era uma famosa celebridade de Hollywood, tendo ganhado um Oscar de Melhor Atriz. No romance, ela é apresentada apenas como uma amiga próxima do afilhado de Vito, a estrela de cinema Johnny Fontane. Em 1955, ela conheceu Fredo Corleone, e os dois se casaram. Bêbada no Lago Tahoe, Deanna zombou das inseguranças de seu marido em relação ao irmão mais novo, Michael, e teve que ser arrastada por Rocco Lampone (Tom Rosqui). As coisas pioraram quando a promíscua Deanna dormiu com seu colega de elenco Matt Marshall na frente de Fredo. Os dois se divorciaram logo depois.

Michael Corleone

Michael é o terceiro filho de Vito e Carmela e muitas vezes é considerado o favorito de Vito. Isso se deve, em parte, à insistência de Michael em não se envolver no sindicato do crime da família. Michael é um herói de guerra condecorado, mas, depois que seu pai foi baleado, ele superou seu irmão Fredo em assumir as operações após a morte de Sonny. Durante sua estadia na Sicília, Michael se casou com uma garota local chamada Apollonia Vitelli (Simonetta Stefanelli) e, após a morte dela, voltou para a América, onde se casou com Kay Adams (Diane Keaton). Ele e Kay tiveram dois filhos, Mary e Anthony (Anthony Gounaris/James Gounaris/Franc D’Ambrosio).

Apollonia Vitelli-Corleone

Apollonia Vitelli nasceu nas colinas adjacentes a Corleone, na Sicília. Filha de uma mãe grega extremamente protetora e um pai siciliano e tinha dois irmãos mais velhos. Durante a estadia de Michael na Sicília, ele se apaixonou por Apollonia, apesar da barreira da língua entre eles. Os dois se casaram, mas Michael foi traído por seu guarda-costas quando Apollonia morreu em uma explosão de carro armadilhado que era destinado a ele.

No romance, Apollonia estava grávida no momento de seu assassinato. A morte de Apollonia foi o gatilho final para a transformação do crime de Michael, e embora ele tenha se casado novamente, nunca pôde amar Kay da mesma maneira que amava Apollonia.

Katherine “Kay” Michelson

Kay Adams era filha do reverendo batista Thornton Adams e sua esposa Agnes. Ela era de New Hampshire, onde frequentou a Dartmouth College e conheceu o estudante Michael Corleone em 1945. Quando Michael foi forçado a se esconder na Sicília, Kay pediu a Tom Hagen, o irmão adotivo de Michael, para enviar uma carta de sua parte a Michael, mas ele se recusou, com medo de que isso incriminasse Kay. Eventualmente, Kay se formou e se tornou professora, mas se casou com um Michael muito diferente após seu retorno da Sicília.

Depois de dar a Michael dois filhos, Kay engravidou pela terceira vez, o que a incentivou a deixar seu marido chefe do crime de vez. Ela fez um aborto, o que enfureceu Michael ao ponto de ele bater em Kay, e os dois se divorciaram logo depois. Mais tarde, ela se casou com o advogado Douglas Michelson (Brett Halsey).

Anthony Corleone

Quando bebê, Anthony foi a única pessoa presente na morte de seu avô, Vito. Ele era elogiado por seu pai Michael como sendo um menino inteligente, e sua paixão pela ópera se originou de ouvir Puccini com seu avô materno, Thornton Adams. Anthony abandonou a faculdade de direito para seguir uma carreira na ópera, decidindo não seguir uma carreira em direito e não se envolver nos negócios de seu pai. Isso foi reforçado pelo fato de Anthony ter testemunhado seu tio Fredo ser morto e que seu pai o usou para fazer isso. “Eu sempre serei seu filho, mas não quero nada a ver com seus negócios.”

Mary Corleone

Mary nasceu em 1953 e é interpretada por Sofia Coppola, filha do diretor de ‘O Poderoso Chefão’, Francis Ford Coppola, que mais tarde teve uma carreira de direção de sucesso por conta própria. Em 1979, Mary se apaixonou por seu primo Vincent, o protegido de seu pai e herdeiro dos negócios da família. Quando Vincent foi nomeado sucessor de Michael em 1980, ele concordou em encerrar seu relacionamento com Mary para protegê-la, conforme o pedido de seu pai. Isso desencadeou a ressentimento de Mary em relação ao pai. Ironicamente, foi a proximidade de Mary com Michael, não Vincent, que a matou. Ela foi acidentalmente baleada no peito por Mosca de Montelepre (Mario Donatone), que estava tentando matar Michael.

Constanzia “Connie” Corleone

Mais um parente direto de Coppola, Talia Shire é a irmã na vida real do diretor Francis Ford Coppola. Ela interpreta Connie em todos os três filmes, a filha mais nova e única filha de Vito e Carmela. O casamento de Connie com Carlo Rizzi abre ‘O Poderoso Chefão’ e serve como um palco para introduzir seus vários personagens. A relação abusiva de Connie com Carlo a leva a contar a Sonny sobre a crueldade de seu marido, o que inadvertidamente leva Sonny à morte.

Connie e Carlo têm dois filhos, Victor e Michael Francis, este último nomeado em homenagem ao irmão de Connie e padrinho do bebê. Michael mais tarde manda matar Carlo, o que leva Connie a odiar Michael. Connie então entrou em uma série de casos amorosos, noivados tanto com Ed Federici quanto com Merle Johnson (Troy Donahue), e acabou se tornando a consigliere de Michael.

Carlo Rizzi

Metade nortista italiano, metade siciliano, Carlo migrou para Nova York de Nevada enquanto fugia da lei. Sua amizade com Sonny Corleone levou Carlo a conhecer a irmã de Sonny, Connie, em uma festa surpresa de aniversário de Vito em 1941. Os dois se casaram em agosto de 1945, mas Carlo logo se tornou violento com sua esposa devido a seus casos extramatrimoniais óbvios.

Após machucar Connie, Sonny humilhou Carlo ao espancá-lo em público. Em retaliação, Carlo elaborou um plano para matar Sonny, em colaboração com os rivais dos Corleone, a Família Barzini. Isso funcionou, mas quando Michael eventualmente assumiu o comando da família, ele buscou vingança contra seu cunhado e providenciou a morte de Carlo.

Tom Hagen

O último dos filhos de Corleone é tecnicamente o mais velho, tendo nascido seis anos antes de Sonny. Tom Hagen não é parente de sangue, vindo de raízes alemãs e irlandesas, mas foi adotado por Vito e Carmela depois de se tornar amigo de Sonny. Seu pai era alcoólatra abusivo e sua mãe morreu depois de contrair uma doença venérea.

Quando criança, Tom viveu nas ruas, mas depois de ser acolhido pelos Corleone, desfrutou de uma criação rica e de uma educação completa, incluindo a faculdade de direito. Tom atuou como advogado da família e consiglieri tanto para Vito quanto para Michael. Tom e sua esposa Theresa (Tere Livrano) tiveram dois filhos, Frank e Andrew, e duas filhas, Gianna e Christina.

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