A narrativa de “Magnatas Do Crime”, criada por Guy Ritchie, nos introduz em um universo paralelo ao seu filme de 2019. Diferente do longa, a série tece uma história distinta, embora repleta de pequenas referências ao original. Centraliza-se em Edward Horniman, cuja trajetória se desdobra entre as identidades de um aristocrata manipulado e um guerreiro, sendo catalisada pela existência de Bobby Glass. Este, por sua vez, detém uma posição de destaque, tanto nominal quanto literalmente, no enredo.
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Eddie Horniman, surpreendentemente, herda os ativos de seu pai, um acontecimento inesperado, considerando a previsão de que tudo seria transmitido a Freddy, seu irmão mais velho. A incapacidade de Freddy em gerenciar os verdadeiros negócios do estado de Hamstead – a produção de cannabis – torna evidente a razão pela qual Eddie se torna a escolha óbvia, apesar das tradições seculares. Nesse contexto, a família Glass assume um papel crucial, com Susie Glass, a filha mais velha de Bobby, gerenciando os negócios diários da empresa.
Bobby Glass, um empresário bilionário e pai, é reconhecido como um dos principais nomes no cenário da cannabis inglesa, uma reputação construída através de sua inteligência e habilidade em identificar e explorar lacunas no mercado. Apesar de sua encarceração, Bobby mantém uma vida de luxo e mantém um controle firme sobre seu império, agora sob a gestão de Susie, sua filha confiável.
“Magnatas Do Crime”, embora focalize na jornada de Eddie para o mundo do crime, também explora a relação entre Susie e Bobby. Especialmente, destaca o objetivo de Bobby de manter e expandir seu império dentro da família. Susie, portando o nome de seu pai, exerce sua influência quase regiamente no submundo criminal. Inicialmente percebida como uma relação estritamente profissional, a dinâmica entre Susie e Bobby se desenvolve, revelando a intenção de Bobby em testá-la, antecipando os desafios que o futuro reserva para seu negócio.
Bobby utiliza Eddie e Susie para garantir a continuidade e proteção de seu império, combinando a racionalidade militar de Eddie com a sensibilidade de Susie. Essa estratégia se prova crucial no episódio final, quando Eddie elimina qualquer concorrência potencial, jogando exatamente como Bobby antecipara.
O episódio final de Magnatas Do Crime, “O Evangelho Segundo Bobby Glass”, apresenta uma metáfora sobre pombos, simbolizando a harmonia entre homem e natureza, e revela que Susie e Eddie são os “pombos” de Bobby, essenciais para o futuro de seu império. O plano definitivo de Bobby é vender o negócio ao melhor lance, mas com a manobra de fazer Eddie assumir o império, mantendo-o sob controle familiar.
Bobby Glass, sem sujar as próprias mãos, emerge como o exemplo supremo de um empresário, delegando responsabilidades enquanto manobra magistralmente nos bastidores. A história termina com uma abertura para futuras narrativas, marcando a ascensão de um novo império sob a liderança de Eddie, agora um criminoso estiloso e moralmente complexo.
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Veja o trailer da série Magnatas do Crime:
1 comentário em “Bobby Glass em ‘Magnatas Do Crime’: O Magnata da Cannabis e seu Império”