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| ‘Barba ensopada de sangue’ foi eleito o melhor livro do ano pelo Prêmio SP de Literatura. (Foto: Reprodução/Internet) Para começo de conversa, um romance no século vinte e um com 422 páginas (edição 1ª – Companhia das Letras), precisa ser original e nada cansativo e, nesse ponto, o autor atingiu, em cheio, minhas expectativas. Começando pelo narrador da história, heterodiegético e imparcial, nota-se pela proximidade ao protagonista, com digressões breves, usando sofisticada linguagem, em detrimento ao baixo nível intelectual do professor de educação física da referida história. E não é só pela linguagem que o narrador se diferencia, a autenticidade está na colocação dos fatos, sendo contado sem a onisciência comum dos narradores em 3ª pessoa, esse sempre está na presença do protagonista, relacionando-se à contínua dificuldade dele memorizar rostos (prosopagnosia, ou dificuldade para reconhecer rostos – doença neurológica raríssima), e por esse motivo há sempre conflitos em sua mente e tensões nas suas relações interpessoais. |



























