Tudo é mais legal quando alguém morre (na Literatura)
Você já parou para pensar em como a literatura não teria graça se ninguém morresse? (Werther que o diga!). Em vários casos, se o personagem não morre, não há obra. Pensemos nos clássicos, Shakespeare, Madame Bovary, Amor de Perdição, Primo Basílio… Brás Cubas! Se aqueles personagens não morressem, o livro não teria o mesmo efeito, a moral não existiria do modo como os autores gostariam. A morte é sempre necessária na literatura.
Os escritores são exímios assassinos, mas é por um bem maior. Por mais que você tenha ficado triste quando o Dobby morreu em Harry Potter, quando o Augustus morreu em A Culpa é das Estrelas ou quando Hamlet vai dessa para melhor (ou pior)… Você já pensou que a história poderia não ter tido o efeito que teve sem essas mortes?
De fato, as coisas acabam sendo mais legais quando alguém morre na literatura. Afinal, a morte é tão natural na realidade quanto na ficção (não que seja algo legal na realidade), mas a temática da morte é algo fundamental na literatura. O retrato da morte na literatura é muito interessante (como em Memórias Póstumas de Brás Cubas). Talvez só na literatura possamos criar e retratar a morte de inúmeras maneiras. Só por meio da literatura podemos explorar aquilo que não conhecemos, como a morte.
Logo, você pode até ficar triste com a morte daquele ou desse personagem, mas saiba que porque ele morreu, a história se tornou mais legal e muito mais emocionante. E é até bastante admirável que a morte de um personagem nos doa, porque ele sequer existiu e esse é o poder da catarse, isso é maravilhoso. Esse é poder da literatura, essa é somente a superfície do poder da morte nos livros.