Não morra sem ler Jostein Gaarder!
Jostein Gaarder é um autor norueguês, nascido em 1952. Estudou filosofia, teologia e literatura, portanto, suas obras são extremamente filosóficas e reflexivas acerca de temas como vida e morte. Sua estreia como escritor aconteceu em 1986, não demorando muito até que ele se tornasse um dos maiores escritores da Noruega. Em 1991, seu livro “O mundo de Sofia” foi traduzido para mais de cinquenta idiomas, garantindo-lhe fama internacional.
Como leitora, posso dizer que Jostein Gaarder é um dos meus autores preferidos da vida. Já li quase todas as suas obras traduzidas para o português e essas leituras foram muito marcantes para mim. Gaarder tem uma relação emocionante com a vida e a morte, como se ambos fossem a maior crueldade do mundo, mas ao mesmo tempo, o maior mistério que ele gostaria de desvendar. Acredito que em cada obra e com cada personagem, conseguimos desvendar um pouquinho da razão da nossa existência e qual é o papel da morte. Gaarder provoca riso, mas provoca muito mais a vontade de deitar em posição fetal e chorar, portanto, esteja preparado para lidar com enredos aparentemente simples (muitas vezes com tom de histórias infantis), mas que carregam mensagens fortíssimas.
Não há uma ordem melhor de livros para começar a ler Gaarder, mas eu separei os que podem ser mais fáceis de se apaixonar e compreender, pois começar por “Maya”, por exemplo, está fora de cogitação! De qualquer forma, aí está:
O mundo de Sofia
Sinopse: Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões-postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo. Os postais são enviados do Líbano, por um major desconhecido, para uma certa Hilde Møller Knag, garota a quem Sofia também não conhece.
O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste romance fascinante, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países e já vendeu mais de 1 milhão de exemplares só no Brasil. De capítulo em capítulo, de “lição” em “lição”, o leitor é convidado a percorrer toda a história da filosofia ocidental, ao mesmo tempo que se vê envolvido por um thriller que toma um rumo surpreendente.
Através do espelho
Sinopse: Essa é a história de Cecília Skotbu, uma menina que vive intensamente. As coisas que vai aprendendo ela anota num caderninho. Ali ela escreveu, por exemplo: “Nós enxergamos tudo num espelho, obscuramente. Às vezes conseguimos espiar através do espelho e ter uma visão de como são as coisas do outro lado. Se conseguíssemos polir mais esse espelho, veríamos muito mais coisas. Porém não enxergaríamos mais a nós mesmos”. Cecília passa quase o tempo todo em seu quarto, deitada na cama. Ela está morrendo. Sua história é uma preparação para a morte e por isso é também um mergulho na vida. Ela morre como quem viaja, prestando atenção em tudo. Através de seu olhar profundo, o outro lado do espelho se torna um pouco mais claro para nós.
A garota das laranjas
Sinopse: Numa carta de despedida escrita nos últimos dias de vida, um pai conta ao filho a história de sua busca por uma figura encantadora e enigmática que parece ter saído de um conto de fadas.
Uma carta que ficou guardada por muito tempo revela ao adolescente Georg Røed uma história extraordinária. O autor da carta é o pai do menino, morto há onze anos. Ele escreveu esta longa mensagem de despedida para que o garoto pudesse lê-la depois, quando estivesse mais maduro.
A história que o pai conta é do tempo em que ainda era um jovem estudante de medicina: a sua busca por uma moça desconhecida, que ele vê por acaso nas ruas de Oslo, sempre carregando um saco cheio de laranjas. Apaixonado, o rapaz persegue os diversos mistérios que cercam os seus encontros fugidios com a garota das laranjas, numa aventura que culmina numa grande revelação.
O dia do coringa
Sinopse: “Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?”, pergunta à sua mãe certa vez a jovem protagonista de O mundo de Sofia.
Esse é o ponto de partida deste outro livro de Jostein Gaarder, a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento – ou à filosofia.
O dia do curinga é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica – e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.
O vendedor de histórias
Sinopse: Petter era um garoto diferente dos outros. Ao crescer, ele virou Aranha, uma espécie de ghost-writer, que vende os frutos de sua imaginação para os escritores sem ideia.
Por favor, não morram sem ler ao menos um livro do Jostein Gaarder! A maioria deles são bem curtos, mas te farão pensar para o resto da vida.